via Blog do Frei Clemente Rojão de Frei Clemente Rojão OAAO
Senhor,
Sei que mereço as penas do Inferno por estar apegado ao pecado e longe de ti,
Meu justo lugar é com Satanás e seus anjos malignos,
Sei que estou contra a tua imutável Lei, retransmitida pela Santa Igreja
Sou como o publicano que bate a mão no peito pedindo clemência por ainda ser um pecador
E se a adúltera teve o gosto de ouvir de ti a reprimienda que fosse e não pecasse mais
Eu nem isto posso ouvir, porque não me arrependo de meu mal
Ah, como poderei fugir do Inferno, arriscando minha alma por tão pouco
Mas que não consigo me separar?
Sou como Esaú, que trocou a bênção do Pai por um prato de lentilhas,
Ah, quão triste será quando me esconderes a tua Face na hora de minha morte!
Esta dor e aflição de estar longe de ti já é o Inferno em vida!
Fico dividido, arrastado por dois amores,
Quero a ti,
Quero ao mundo,
E querendo ao mundo perco a ti
Sou o servo mal que sabendo que o Senhor chegará passa a bater nos outros empregados
E como o administrador infiel, vejo-te queixando-se de minha gestão
Mereço o Inferno, Mereço o Inferno,
É teu Santo Espírito que nos revela o tamanho de nosso crime,
Porque homem algum pode compreender sem tua ajuda a extensão do Mal.
E eu que não entendo nada, pequei ontem e pecarei amanhã
Com que cara chegarei na tua presença?
Mas se me incomodo por ser impenitente
Não é tua mão me incitando a conversão?
Completai, Senhor, a obra começada
E fazei que tenha um justo arrependimento
Celebrando minha reconciliação contigo!
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