terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A confissão do médico que fundou a liga pró-aborto nos EUA: eles mentiram sobre o número de abortos, o núm ero de mortes e as pesquisas. E atacavam de forma deliberada os cristãos. Era uma tática para ganhar a opinião pública



De Reinaldo Azevedo

(...)

Abaixo, reproduzo trecho de uma conferência do médico americano Bernard N. Nathanson, proferida no Colégio Médico de Madri. Nathanson morreu no dia 21 de fevereiro de 2011, aos 85 anos. Foi um dos fundadores da Associação Nacional para a Revogação das Leis de Aborto, militante ativo da causa. Ginecologista e obstetra, confessou ter realizado mais de 5 mil abortos. Converteu-se, depois, em defensor incondicional da vida. A íntegra de seu texto está aqui. Peço que vocês prestem atenção às táticas às quais Nathanson admite ter recorrido para ganhar a opinião pública e a imprensa. Vejam se isso lhes lembra alguma coisa. Os entretítulos são meus. Volto depois.

É preciso trabalhar com números mentirosos

É uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que estes não ultrapassavam de cem mil, mas esse número não nos servia e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas, mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Esta tática do engano e da grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade.

É preciso ganhar os meios de comunicação e a universidade

Nós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda.

É importantíssimo que vocês se preocupem com os meios de comunicações sociais porque, segundo explicam os fatos, assim se infiltrarão as idéias entre a população. Se na Espanha esses meios não estão dispostos a dizer a verdade, vocês se encontram na mesma situação que criamos nos EE. UU.em 1968/69, quando contávamos através desses meios todas as mentiras que acabo de mencionar.

É preciso apresentar pesquisas falsas

Outra prática eram nossas próprias invenções. Dizíamos, por exemplo, que havíamos feito uma pesquisa e que 25 por cento da população era a favor do aborto e três meses mais tarde dizíamos que eram 50 por cento, e assim sucessivamente. Os americanos acreditavam e como desejavam estar na moda, formar parte da maioria para que não dissessem que eram “atrasados”, se uniam aos “avançados”.

Mais tarde fizemos pesquisas de verdade e pudemos comprovar que pouco a pouco iam aparecendo os resultados que havíamos inventado; por isso sejam muito cautelosos sobre as pesquisas que se fazem sobre o aborto. Porque apesar de serem inventadas têm a virtude de convencer inclusive os magistrados e legisladores, pois eles como qualquer outra pessoa lêem jornais, ouvem rádio e sempre fica alguma coisa em sua mente.

É preciso satanizar os cristãos

Uma das táticas mais eficazes que utilizamos naquela época foi o que chamamos de “etiqueta católica”. Isso é importante para vocês, porque seu país é majoritariamente católico.

Em 1966 a guerra do Vietnam não era muito aceita pela população. A Igreja Católica a aprovava nos Estados Unidos. Então escolhemos como vítima a Igreja Católica e tratamos de relacioná-la com outros movimentos reacionários, inclusive no movimento anti-abortista. Sabíamos que não era bem assim mas com esses enganos pusemos todos os jovens e as Igrejas Protestantes, que sempre olhava com receio a Igreja Católica, contra ela. Conseguimos inculcar a idéia nas pessoas de que a Igreja Católica era a culpada da não aprovação da lei do aborto. Como era importante não criar antagonismos entre os próprios americanos de distintas crenças, isolamos a hierarquia, bispos e cardeais como os “maus”. Essa tática foi tão eficaz que, ainda hoje, se emprega em outros países. Aos católicos que se opunham ao aborto se lhes acusava de estar enfeitiçados pela hierarquia e os que o aceitavam se lhes considerava como modernos, progressistas, liberais e mais esclarecidos. Posso assegurar-lhes que o problema do aborto não é um problema do tipo confessional. Eu não pertenço a nenhuma religião e em compensação estou lhes falando contra o aborto.

Também quero dizer-lhes que hoje nos Estados Unidos a direção e liderança do movimento antiabortista passou da Igreja Católica para as Igrejas Protestantes. Há também outras igrejas que se opõem, como as Ortodoxas, Orientais, a Igreja de Cristo, os Batistas Americanos, Igrejas Luteranas Metodistas da África, todo o Islã, o judaísmo Ortodoxo, os Mórmons, as Assembléias de Deus e os Presbiterianos.

Outra tática que empregamos contra a Igreja Católica foi acusar seus sacerdotes, quando tomavam parte nos debates públicos contra o aborto, de meter-se em política e de que isso era anticonstitucional. O público acreditou facilmente apesar da falácia do argumento ser clara.

(…)

Voltei
Já debati o mérito da questão trocentas vezes, e todos sabem o que penso. O que me interessa neste post é a exposição de uma tática para ganhar a opinião pública. É legítimo que as pessoas se organizem para tentar convencer a sociedade a fazer isso ou aquilo, respeitados direitos fundamentais. Mas mentir não é legítimo. A mentira é coisa de vigaristas.

Querem defender o aborto como legítimo, em nome disso ou daquilo? Cada um que vá à luta segundo as suas convicções. Faço o mesmo. Multiplicar por 100 o número de mulheres que morrem em decorrência de abortos de risco não é defesa legítima de um ponto de vista; é picaretagem. Restringir as críticas à descriminação ou legalização às igrejas é só uma farsa persecutória duplamente qualificada:

a) em primeiro lugar, é mentirosa, porque há pessoas que se opõem à legalização do aborto e são atéias ou agnósticas;

b) em segundo lugar e não menos importante, os crentes têm o mesmo direito de opinar dos não-crentes; constituem, aliás, a maioria das sociedades. Isso não lhes confere, na democracia, o direito de calar a minoria, mas também não confere à minoria o direito de cassar a voz majoritária.

Por que os abortistas precisam mentir? Sua escolha não pode conviver com a verdade? Acharão eles que a mentira é virtuosa quando concorre para a sua tese? É assim que se criam os facínoras: eles costumam mentir em nome da virtude, do bem, do belo e do justo. Ou alguém já viu algum tirano admitir: “Sou mesmo um um tirano, um ser detestável”? Tenho a certeza de que Hitler, Stálin e Mao Tse-Tung tinham a melhor impressão de si mesmos… Estavam certamente convictos de que agiam para garantir à humanidade um futuro glorioso.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

É hora de admitir que a Igreja sempre esteve certa sobre a contracepção



do Contra o Aborto de William










S.S. Paulo VI


O artigo abaixo, aqui disponibilizado em uma livre tradução feita por mim, foi publicado no site Business Insider e mostra o que qualquer pessoa honesta pode concluir por si mesma: os efeitos da mentalidade contraceptiva em voga mundialmente foram devastadores na sociedade, na família, nos relacionamentos, na afetividade.

O Papa Paulo VI, com sua Humanae Vitae, atuou como um verdadeiro profeta dos dias atuais ao admoestar o mundo sobre as conseqüências da contracepção desenfreada e é exatamente isto que é abordado neste breve artigo de autoria de Michael Brendan e Pascal-Emmanuel Gobry.

***

É hora de admitir que a Igreja sempre esteve certa sobre a contracepção

Michael Brendan Dougherty e Pascal-Emmanuel Gobry

Retratar a Igreja Católica como "sem noção" é tão fácil quanto atirar em peixes em um barril. E nada torna isto tão fácil quanto a posição da Igreja contra a contracepção.

Muitas pessoas, incluindo nosso editor, perguntam-se por que a Igreja Católica simplesmente não volta atrás neste ponto. Tais pessoas dizem que a maioria dos católicos o ignoram, e que isto é "retrógrado". Ora! Estamos no século XXI! -- eles dizem. Eles não vêem o quanto isto é ESTÚPIDO -- gritam.

Eis o que temos, na realidade: a Igreja Católica é a maior e mais antiga organização do mundo. Ela enterrou todos os grandes impérios conhecidos pelo homem, de Roma à União Soviética. Ela tem unidades espalhadas por todo o mundo, presente em todas as áreas da sociedade. Ela nos deu alguns dos maiores pensadores, de Santo Agostinho a René Girard. Quando ela toma alguma atitude, geralmente é por uma boa razão. Todos têm o direito de discordar dela, mas não é que ela seja formada por um bando de branquelos empacados na Idade Média.

Então, o que é que há?

A Igreja ensina que amor, casamento, sexo e procriação são coisas que estão ligadas. Simples assim. E isto é muito importante. E embora a Igreja ensine isto há 2000 anos, provavelmente isto jamais esteve tão em evidência quando hoje.

As atuais restrições contra a contracepção artificial foram reafirmadas em um documento de 1969 escrito pelo Papa Paulo VI chamado Humanae Vitae. Ele alertou sobre quatro consqüências se o uso de contraceptivos fosse aceito:

- Queda generalizada dos padrões morais

- Um aumento na infidelidade e ilegitimidade

- A redução das mulheres a objetos utilizados para satisfação dos homens

- Coerção governamental em matérias envolvendo reprodução

Algo disto soa familiar?

Claramente isto soa como o que vem acontecendo nos últimos 40 anos.

Como escreveu George Akerloff na revista Slate há uma década,

"Ao fazer o nascimento da criança uma escolha física da mãe, a revolução sexual fez o casamento e a criação dos filhos uma escolha social por parte do pai."

Ao invés de um casal sendo responsável pela criança que eles conceberam, uma expectativa que foi sempre suportada por normas sociais e pela Lei, agora nós vamos acostumados a pensar que nenhum dos pais é fundamentalmente responsável por seus filhos. Os homens agora consideram que seus deveres como pais são preenchidos meramente pelo ato de pagar o que o lhes é ordenado pela Justiça. Isto é uma dramática redução nos padrões da "paternidade".

E como mais estamos indo desde a grande revolução sexual? O casamento de Kim Kardashian durou 72 dias. Ilegitimidade: lá no alto. Em 1960, 5.3% de todos os nascimentos nos EUA eram de mães solteiras. Em 2010, foi de 40.8%. Em 1960, famílias de cônjuges casados atingiam 3/4 do total de famílias; já pelo censo de 2010, elas são apenas 48%. A coabitação aumentou 10 vezes desde 1960.

E se você não pensa que mulheres estão sendo reduzidas a meros objetos para satisfação do homem, bem-vindo à internet! Você está por aqui há quanto tempo? Coerção governamental: basta olhar para a China (ou mesmo para os EUA, onde uma legislação governamental sobre cobertura de contraceptivos é a razão porque estamos abordando este assunto atualmente).

É tudo isto devido à pílula? Claro que não. Mas a idéia de que contracepção largamente disponível não levou a uma dramática mudança social, ou que esta mudança foi exclusivamente para melhor, é uma noção muito mais idiota do que qualquer ensinamento da Igreja Católica.

Assim como é também ridícula a noção de que seja OBVIAMENTE IDIOTA alguém obter suas diretrizes morais de uma crença venerável (oposta a que? Britney Spears?).

Mas vamos ver um outro aspecto deste assunto. A razão pela qual nosso editor pensa que os católicos não deveriam crescer e se multiplicar também não se sustenta. A população mundial -- ele escreveu -- está a caminho de um crescimento "insustentável".

O Centro de Estudos Populacionais do Departamente de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU mostra o índice de crescimento populacional diminuindo durante as próximas décadas e sendo estabilizada por volta de 9 bilhões em 2050... e permanecendo assim até 2300. (E note-se que a ONU, que promove controle de natalidade e abortos pelo mundo todo, não é bem uma entusiasta do "crescei e multiplicai-vos").

Amplicando a questão, a visão malthusiana de crescimento populacional tem se mostrado bem presente a despeito de já ter sido provada como errada e já ter causado muito sofrimento humano desnecessário. Por exemplo, a China caminha para uma crise demográfica e social devido à sua distorcida política de um filho por casal.

Progresso humano é mais gente. Tudo que faz a vida melhor, da democracia à economia à internet à penicilina foi descoberto e construído por pessoas. Mais gente significa mais progresso. O inventor da cura para o câncer pode ser o quarto filho de alguém que tenha decidido não tê-lo.

O resumo é este:

É uma boa idéia para as pessoas crescerem e se multiplicarem; e a despeito de como você se sente sobre a posição da Igreja sobre o controle de natalidade, ela se mostrou bem profética.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Impressões sobre a Audiência Pública para discussão o Código Penal

Estive na Audiência Pública que ocorreu em São Paulo para discussão das mudanças no Código Penal com relação aos Crimes Contra a Vida. Minha motivação foram as mudanças propostas sobre a penalização do aborto. Gostaria, aqui, de contar o que vi.

Vi desprezo pela verdadeira democracia, em uma evidente manipulação para que os movimentos pró-aborto dominassem a sessão. Afinal, quais seriam as chances estatísticas de todos, eu disse TODOS, os grupos feministas e abortistas terem se inscrito primeiro do que os outros grupos, como me foi alegado? Chances maiores são de que, ou foram avisados antes de todos sobre a audiência, ou eles mesmos se mexeram para que tal audiência acontecesse.

Vi, portanto, o triste espetáculo da velha ladainha sobre liberdade feminina. Não que as feministas não possam se superar. Houve indignação porque a mulher grávida é chamada de gestante. Uma mulher, com aparência claramente indígena, incluía-se no grupo “pobres e negras” e reclamava do preconceito. Teve mulher estrangeira dando pitaco na legislação. Houve proposta de criminalizar o preconceito contra as mulheres que abortam (trocando em miúdos: coloquem quem for contra o aborto na prisão). Teve até defesa do infanticídio, e tudo isso temperado pela tão famigerada comparação: se não podemos abortar, então não comamos ovo, que estamos a matar o filho da galinha!

Foram horas de insanidade até que a primeira voz se pronunciasse contra o aborto, já com o plenário completamente esvaziado. Aí sim, ainda que vindos de poucas bocas, argumentos bem fundamentados começaram a surgir. O primeiro a falar foi o historiador e jornalista Hermes Rodrigues Nery, o primeiro também a (finalmente) citar um detalhezinho esquecido pelas feministas: o feto. Nery presenteou o ministro Dipp, moderador da mesa, com um modelo em tamanho real de um feto de 12 semanas. A indignação abortista foi geral: chegaram a dizer, com o ódio típico de quem despreza a vida, que se era para sair por aí distribuindo “fetinhos”, elas teriam levado fotos de mulheres ensaguentadas por decorrência do aborto. Sim, foi esse o nível da “discussão”.

O deputado Paes de Lira, apresentado por Dipp simplesmente como “ex-coronel”, e cuja fala aguardei ansiosamente, disse a maior verdade de todas: aquela mulherada gosta mesmo é de ditadura. Também falou um advogado em defesa da vida, indo contra todos os outros ditos advogados e médicos que defenderam, em nome da bioética e do direito, que feto não é gente.

Somente no fim da tarde tive minha chance de falar, ou de, pelo menos, tentar. Assim que me levantei, ouvi “essa aí deve ser pastora”, porque, para essa corja, ter religião é xingamento. Fui a PRIMEIRA mulher, em horas de falatório, a defender a vida. Não só a vida, como também o direito da mulher de obter informações sobre as graves sequelas do aborto. Isso despertou a ira do grupo, que se levantou e, como uma torcida organizada de futebol, vociferou em minha direção. O moderador foi obrigado a intervir para que eu pudesse continuar. Apresentei dados de estudos sérios sobre a relação do aborto e do câncer de mama, dos nascimentos prematuros e do aumento de doenças psicológicas e de suicídio entre mulheres que abortam. Aliás, os defensores da vida foram os únicos a citarem as fontes de todos os dados que apresentaram, diferentemente das feministas, que jogaram na nossa cara números fictícios a tarde inteira.

Além de mim, somente outra mulher esteve lá para defender a vida, e num depoimento emocionado e bonito, disse que a filha de 3 anos, ao olhar a imagem de um feto, já sabe dizer o que ele é: um bebê. Também me surpreendeu um rapaz bastante jovem que, numa fala muito bem estudada, citou até Aristóteles. Vê-se bem que o tipo de discurso pró-vida é muito superior àquele que nos incita à dieta sem ovo.

Mas é preciso falar, também, do que não vi. Alguém pode me dizer onde estavam os movimentos de defesa da vida? Também os representantes religiosos, onde se esconderam? Especialmente os católicos, num ano em que o tema da Campanha da Fraternidade é a saúde pública! NENHUM esteve presente na audiência. O que justifica essa ausência maciça? Se foi uma estratégia, peço que seja mudada! Incomoda-me ver que o mal sempre é mais organizado e articulado que o bem. Incomoda-me ver que os poucos defensores da vida presentes estavam decepcionados pela falta de liderança. Incomoda-me parecer que as mulheres brasileiras são representadas por aquela corja, aquela falsa maioria que certamente será noticiada na imprensa como sendo a grande defensora dos direitos da mulher.

Por isso mesmo fiz questão de estar lá, para provar que elas NÃO me representam. E tenho certeza, não representam a verdadeira sociedade brasileira. Foi um tapa na minha cara ver que poucos fizeram o mesmo. Mas também foi um tapa na cara das feministas ver que, lá mesmo, esses poucos começaram a se unir.

Lorena Leandro 25/02/2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Como é obscurantista esta Igreja Católica!



do Blog do Angueth de Antonio Emilio Angueth de Araujo

Nota: Vocês sabem, não é?, a Igreja sempre foi contra a ciência, sempre prejudicou o seu desenvolvimento, sempre foi obscurantista, sempre perseguiu cientistas e até já os enforcou aos magotes. É curioso ver então como cientistas católicos foram os que construíram a base da tecnologia que hoje desfrutamos. Sempre que vocês assistirem televisão, usarem celular, recarregarem suas baterias, acenderem as luzes de suas casas, lembrem-se de agradecer (a Buda, à energia cósmica, à era de Aquário, etc.) aos cientistas católicos que estão na base destas tecnologias. Se vocês forem católicos, rezem e agradeçam a Deus.

Os nomes de três diferentes unidades de medida elétrica – ampere, volt e coulomb – vêm dos sobrenomes de três cientistas católicos que foram pioneiros em seus respectivos campos. André-Marie Ampère foi um matemático, químico e físico francês. Seus experimentos quantificaram as relações entre a corrente elétrica e o campo magnético. Foi a devoção de Ampère à Missa diária que inspirou um jovem, Frederico Ozanam, a se devotar mais fervorosamente à Fé católica. Ozanam passava por um período de dúvidas e, ao visitar uma igreja em Paris, viu o grande cientista rezando fervorosamente perante o altar. Ele encontrou Ampère no mesmo lugar no dia seguinte. Logo ele iniciou uma amizade com o cientista e até viveu um ano com sua família. Quando tinha apenas 20 anos, Ozanam fundou a Sociedade São Vicente de Paula. Ele foi beatificado por João Paulo II em 1997. Alessandro Volta foi um físico italiano que descobriu a pilha elétrica. A unidade de potencial elétrico (volt) e o nome alternativo da quantidade (voltagem) vem de seu nome. Charles Coulomb foi um engenheiro, e físico francês, que publicou seus trabalhos sobre as leis da eletrostática em 1785 e 1791. Seu nome está associado à unidade da quantidade de eletricidade ou carga.

In Why Do Catholics Eat Fish On Friday.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Abusos litúrgicos: a fumaça de satanás na Igreja



“O Papa Montini, por Satanás, queria indicar todos aqueles padres ou bispos e cardeais que não rendem culto ao Senhor, celebrando mal a Santa Missa por causa de uma errônea interpretação e aplicação do Concílio Vaticano II. Ele falou da fumaça de Satanás porque sustentava que aqueles prelados que faziam da Santa Missa uma palha seca em nome da criatividade, na verdade estavam possuídos da vanglória e do orgulho do Maligno. Portanto, o fumo de Satanás não era outra coisa além da mentalidade que queria distorcer os cânones tradicionais e litúrgicos da cerimônia Eucarística.”

Cardeal Virgílio Noé, explicando o que Paulo VI queria dizer com “fumaça de Satanás” na Igreja

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Frei Rojão: achamentos petralhas








Gabriel Chalita encontrou utopia em Maquiavel
Tarso Genro encontrou um coração em Lênin

Fernando Haddad encontrou competitividade na União Soviética

Celso Garcia encontrou democracia no Irã

Antônio Patriota encontrou respeito aos direitos humanos em Cuba

Lula encontrou um homem probo e diferenciado em José Sarney

José Dirceu encontrou republicanismo no Mensalão

Luis Eduardo Greenhalgh encontrou um humanista em Césare Battisti

Eleonora Menecucci encontrou beleza no aborto

Tarso Genro, de novo, encontrou poesia no onanismo

Gilberto Carvalho encontrou crime comum no assassinato de Celso Daniel

Luis Eduardo Cardoso encontrou concessões na privataria petista dos aeroportos

Guido Mantega encontrou crescimento na inflação em alta

Gomes Temporão encontrou eficiência no SUS

Os petistas encontram muitas coisas estranhas onde não se espera

Só não encontram ainda um cérebro na presidente Dilma

***
PS- Você é petralha e não gostou? Vai chorar no colo do Frei Betto!!!




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Tradicionalismo é uma Afirmação.



Por Irmão André Marie | Tradução: Fratres in Unum.com



A pequena aldeia de Villatalla, na diocese italiana de Albenga-Imperia, onde os Beneditinos da Imaculada vivem e onde o pequeno campanário ainda convoca as pessoas para assistir à Missa Tradicional em Latim.

Uma das coisas mais importantes que uma pessoa tem é a identidade. Isso explica porque os nomes são tão importantes para nós. Adão recebeu poder para designar as coisas no Jardim do Édem, mostrando que ele tinha domínio sobre o restante da criação, incluindo Eva, a quem nomeou. Quando uma criança descobre que um grande animal de olhar estranho tem um nome, ela encontra conforto neste fato, e se o papai pode identificá-lo, a coisa não deve ser tão terrível. Ela é conhecida.

Os católicos tradicionais, ou tradicionalistas, designam a si mesmos dessa forma por causa de sua adesão às tradições da Igreja; uma vez que eles o fazem em vista do abandono em larga escala daquelas tradições por parte da hierarquia, assim como clero e fiéis, este é o motivo pelo qual a expressão “católicos” nem sempre é suficiente, embora devesse ser. Além desse conceito muito genérico do que é o tradicionalismo, há compreensões múltiplas e discrepantes do que exatamente define a identidade do tradicionalista. Evitando um dogmatismo rígido onde a Igreja não nos deu ainda uma definição dogmática — precisamos estar preparados para morrer pelo dogma católico, porém não por nossas próprias opiniões — gostaria de considerar o que o tradicionalismo é em sua essência.

O contraste clareia a mente, então começarei com o que o tradicionalismo não é. O tradicionalismo não é uma negação. Ele não é uma recusa. Ele não é um apontar de dedos seguido de “você está errado!”. Existe um nome para essa ideologia: protestantismo. O protestantismo não é um conteúdo, mas sim um anti-conteúdo. Ele não é uma afirmação, mas sim uma negação.

Certamente, o católico deve concordar com as condenações da Igreja, bem como com as suas definições, mas uma existência de condenação é contingente a duas coisas: a verdade que veio primeiro, e um erro que nega a verdade. Em outras palavras, uma condenação, embora boa e necessária, somente surge porque algum vilão (talvez o próprio Satanás) elaborou uma negação da verdade de Deus. Mas a verdade de Deus chegou primeiro.

Os textos do Concílio de Trento nos dão uma ilustração disso. Trento afirma a verdade católica em seus decretos, que são textos comparativamente longos que explicam a doutrina católica em detalhes. Ao final daqueles decretos de rico conteúdo, em seguida, o Concílio condena os diversos erros em seus breves cânones.

Assim, a curta resposta à pergunta referente à identidade do tradicionalista é que ele é um católico que afirma as verdades dogmáticas, os ensinamentos morais e às tradições litúrgicas da Igreja. Isso é substancial e primário. O fato de agir assim em face de oposição, não somente do mundo, mas de outras pessoas que se chamam católicos, é secundário e acidental. Não vamos inverter a ordem, se não permitiremos que o inimigo imponha a nossa identidade.

Uma palavra sobre a busca por uma identidade: acredito que isso seja algo muito moderno, um produto da falta de raízes da cultura moderna, que nos serve a partir de nossas tradições, nossa terra e nossa gente. A modernidade nos homogeneíza, efetivamente desenraizando costumes e culturas locais. O católico é um membro da Igreja universal, mas ele não é um cidadão do universo por causa disso. Ele está localizado, e seu encontro com a Fé está no contexto de lugar, idioma e costume. Um católico do século quatorze na França e seu correligionário do quarto século no Egito possuíam a mesma fé, moral e religião (com padres, bispos, Missa, sacramentos, etc.), mas a variedade de idioma, ritual e costume era grande.

Isso é como deveria ser. Recebemos a fé em nível local. Nós a vivemos em nossas famílias. Nós a pronunciamos em nossos idiomas. Nós a praticamos no prédio daquela igreja, com as pessoas daquela comunidade. (A noção italiana de campanirismo e a concepção Carlista de fueros são expressões culturais e políticas dessa realidade.) A vivência da fé verdadeira é o que produz uma cultura católica, e essa cultura é o que deve impressionar por si mesma nossos jovens, formando as suas convicções, inspirando as suas ações, comandando as suas reações. Uma identidade – genuína, em todo caso – é formada dessa maneira orgânica. Nós não as colocamos e retiramos como um aluno de faculdade indeciso faz com sua carreira universitária. Isso é o que o homem moderno, sem raízes e sem descanso, faz, e essa é uma das causas de sua insanidade.

Em nossos dias, é claro, a Fé não está sendo vivida em lugares onde habitualmente estava. Os campanários italianos, que proporcionam àqueles que os ouvem um sentido de lar, ainda soam, mas freqüentemente anunciam o oferecimento de uma liturgia bizarra, a pregação de uma doutrina aguada e uma religiosidade de conformidade aos padrões do mundo. Assim, o campanirismo, “espírito do campanário”, não representa totalmente o que fazia outrora. E isso vale para outros lugares na Igreja universal. Assim, essa é a razão pela qual os tradicionalistas viajam, às vezes grandes distâncias, para ouvir uma Missa tradicional, com a catequese e a cultura que a acompanham.

Mas ainda podemos fazer muito para viver a Fé em nossas famílias e nossas comunidades. Ao fazê-lo, devemos resistir à tentação de transformar o tradicionalismo em uma ideologia, uma reação ou uma negação do que as outras pessoas fazem. O tradicionalismo é aquilo que somos, aquilo que sabemos, e aquilo que fazemos. Aqui, então, catalogaremos algumas das coisas que os tradicionalistas afirmam ou devem afirmar:

Afirmamos o credo católico em toda a sua integridade.

Afirmamos que a Igreja Católica é a única esposa de Cristo, e que a sua Fé e a sua religião são os únicos caminhos divinamente revelados para se acreditar e servir ao Deus vivo. Conseqüentemente, a Igreja Católica é o único caminho para a salvação.

Afirmamos que a verdade divina é atacada por inimigos da Igreja de Deus, e que os fiéis devem “pelejar pela fé, confiada de uma vez para sempre aos santos.” (Judas 1, 3).

Afirmamos a constituição sobrenatural da Igreja, a hierarquia natural da família e o domínio de Cristo Rei na sociedade. Na medida de nossas possibilidades, trabalharemos para preservar ou restaurar essas coisas em nossas próprias famílias e comunidades; porque o mundo, a carne e o demônio estão minando esta ordem estabelecida por Deus.

Afirmamos que o louvor público de Deus pela Igreja e sua liturgia nos foram entregues com grande cuidado por nossos pais na Fé. Isso foi feito em uma bela variedade de ritos. É errôneo jogar fora esses tesouros de séculos de desenvolvimento cuidadoso sob a proteção do Espírito Santo. Assim, nós os praticaremos, honraremos, amaremos e ensinaremos aos nossos filhos.

A resposta autêntica ao mal é uma vida de virtude e santidade cristã, que nada mais é do que a resposta fiel à vocação básica (o chamado batismal à santidade), vivida de acordo com o modo da “vocação secundária” (ou seja, sacerdócio, vida religiosa, matrimônio, o celibato no mundo).

Há muita coisa obscura e má na vida, mas se optarmos por permitir a nós mesmos sermos consumados por essas coisas, então, que vergonha. São Paulo observa que o que perdemos em Adão é muitíssimo superado por aquilo que ganhamos em Cristo (cf. Romanos 5: 15 seg.). Não é necessário ter Fé para ver a maldade e o desespero; eles são óbvios demais aos sentidos. A grande maravilha é a quantidade de bem que realmente existe, e para ver isso é necessário ter Fé: a água regenerando pecadores como filhos de Deus e herdeiros do Céu, o Próprio Deus descendo em nossos altares nas aparências de pão e vinho, o Evangelho sendo pregado aos pobres.

E o próprio Evangelho, Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo! Esta é a “Boa Nova”: Boa, porque procede do bom Deus, e nova, porque precisa ser dita.

Temos um tesouro na liturgia tradicional da Igreja. Também temos grandes comentários sobre ela, nenhum melhor do que o Ano Litúrgico de Dom Gueranger. Também temos a Sagrada Escritura, os escritos dos Padres e Doutores, e os grandes monumentos intelectuais e artísticos da cultura católica que nasceram com as sociedades cristãs. Tudo o que temos, mais o Próprio Deus, os Anjos, os Santos, e a promessa de glória futura se perseverarmos! E não nos esqueçamos que temos Nossa Senhora, a Causa de Toda a nossa Alegria.

Se, com tudo isso, precisarmos sair em busca de uma identidade, ou defini-la em termos puramente negativos contra alguma outra classe de pessoas, então, realmente, não temos idéia alguma sobre o que seja a Tradição.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Frei Rojão: Mentes insanas em corpos sanos







Acima vai um dos meus mais lacônicos, porém mais importantes, posts ironizando uma das figuras cuja atitude é uma das mais deletérias jamais surgidas na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra de Santa Cruz, o padre Fábio de Melo. Considero sua vida em muito diferente dos grandes santos dos tempos de outrora... e dos nossos, porque Jesus continua tendo muitos santos em sua Igreja. Não critico apenas seu ensinamento aguado, porque sua psicologia barata é tão rala que nem para levar ao Inferno serve. Eu me refiro ao ensinamento do exemplo mesmo, com uma vida de popstar que esconde o sacerdócio, canta músicas mundanas e em tons prenhes de luxúria e vaidade.

E como a má árvore não pode dar bons frutos, como crème de la crème Fábio de Melo admite que votou na abortista Dilma Rousseff. Com sacerdotes assim, para que a Igreja precisa de inimigos, não? Curioso é que em demagogia barata ele diz que colocaria todas as mulheres no poder. Hum... Até a idólatra rainha Jezabel, que quis degolar Elias? A golpista rainha Atalia de Judá que massacrou a casa de Davi? A princesa Salomé que pediu a cabeça de Batista? A falsa profetisa da igreja de Tiatira (Ap 2,20) ? Finalmente, a prostituta Babilônia, embrigada com a sangue dos cristãos?

Um aspecto que me escandaliza pessoalmente é justamente a aparência do Fabio de Melo. Aquela foto foi especialmente auspiciosa. O Tórax. Oh meu Jesus cujo peito foi maltratado pelos tormentos da Paixão, aquilo é tórax de um sacerdote? Aquilo foi cuidadosamente cultivado. Foi exercitado. Levou tempo. E tempo de um sacerdotes são almas salvas!

E cultivado para quê? Os peitorais desenvolvidos de Fabio de Melo são para amar melhor a Nosso Senhor Jesus Cristo? É para melhor acolher os pobres em seu seio? É para amamentar os órfãos? É para caber um coração inchado pelas dores da Paixão de Cristo?

Para que servem peitorais bem definidos na vida cristã? Para nada de bom, só servem para alimentar a vaidade masculina, mal que neste século até aos filhos de Adão atinge.

São Tomás de Aquino, obeso que era, deveria ter peitões bem brancos e caídos. São Jerônimo deveria ter peitos fundos, de tanto estar curvado sobre as Escrituras. São Francisco, que mal tinha outra roupa senão seu hábito surrado, tinha as chagas de Cristo impressas ao lado do peito. Santo Antão do Egito nem peitos deveria ter, magros de jejuns e vigílias que era. São Clemente teve um peito inchado de afogado, atirado ao mar que foi. São Lourenço teve o peito cozido. São Bento deveria ter cicatrizes horrendas em seus peitos, por haver se jogado nu num espinheiro, para espantar a tentação de uma lembrança de uma mulher... Eu me pergunto o que São Bento acharia de cantar num palco músicas mundanas e ter fãs jogadas aos pés. Bento se atirou aos espinheiros, Fábio se atira aos palcos.

Culto ao Corpo é uma porcaria. Para que gastar tempo e esforço com algo que virará comida dos vermes? Triste destino tem nosso corpo, ou será devorado pelas minhocas, ou vai ser incinerado feito lixo (alguém já se interessou para saber a fortuna de gás que se gasta num crematório? Nossos defuntos não são “carbono-zero”).

(Alias, academias de Ginástica pululam. E se chamam apenas “Academias”! Ora bolas, a Academia de Atenas era puxação de ferro? )

Manter a saúde é bom? É justo e nobre. Mas no devido limite. Ninguém quer estragar sua saúde assim como ninguém quer dirigir e estragar seu carro. O desejo de fugir da morte é universal

Porém o argumento da saúde é um belo esconderijo para a vaidade do culto ao corpo. Até hoje não se achou correlação nenhuma entre o que se chama de fitness e longevidade. Volta e meia, fugindo da curva normal da expectativa de vida, acha-se um centenário. Estes centenários ora fumam feito chaminés, ora vivem feito anacoretas. Não tem regra. É aleatório. Ninguém descobriu ainda quem controla o dado de Matusalém, que demorou muito, mas teve sua cova. É irônico que o salmo 89 continua atual após quinze séculos, poucos passam dos oitenta. Mais pessoas chegam aos setenta, mas parece que o velho relógio continua desligando na batida fatal do “Se comeres do fruto, morrerás”. E se morre mesmo! Não se achou quem tenha fugido a esta regra (salvo Henoc, Elias, e, de acordo com algumas leituras do Dogma da Assunção, a Virgem Maria. Mesmo assim três pessoas em bilhões e bilhões de homens estatisticamente não vale muito, não?)

É verdade que não cai um pardal sem que permita Deus. Mas admitamos, caem pardais velhos e despenados, caem pardais na flor da idade, caem pardaizinhos, caem até ovos com o ninho e tudo. Uma coisa é fato, os pardais cairão mais cedo ou mais tarde. E cairão também as águias e os urubus! Enfim, adianta se esforçar por manter algo que vai se acabar em algumas décadas, que é nosso corpo? A beleza então é mais fugidia, passaram os trinta e cinco e já era, nos tornamos caricaturas. E passando dos setenta e poucos, como diria a grande Emília, a Marquesa de Rabicó, viramos hipótese... Parodiando o salmo 48:

Morrem os personal trainers e os atletas igualmente

Morrem os gordos e também os sedentários

E deixam tudo o que possuem aos estranhos...

Pode-se gastar o que quiser nas Academias (não a de Atenas). Uma bala ou um acidente de carro matam hoje em dia quase tanto quanto um belo infarto. Um avião despencando do céu mata os saudáveis e doentes, não importa o colesterol, os triglicérides, a massa muscular, o índice de gordura corporal... Na trincheira da vida, não sobrevive o soldado mais bravo nem mais forte, mas aquele a quem a granada esporádica da fatalidade não chegou.

Deus deu nosso belo cérebro e nossa alma não para sermos fortes feito ursos, ou rápidos feito leopardos. É para sermos espertos feito homens. Tantos cuidam do corpo e esquecem a mente. Mentes insanas abundam em corpos sanos. E quantos mais esquecem da alma... e nada como um belo jejum ou uma bela disciplina no corpo rebelde para domar a alma também... E se para um leigo o culto ao corpo é perigoso, quanto mais a um sacerdote que deveria mais ainda ter obrigação de mortificar e domar sua carne...

Se te olho te leva a pecar, corte-o fora. Se seu corpo sarado te leva a pecar, engorde!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

"Se nos aceitarem como somos, sem mudanças, sem nos obrigar a aceitar essas coisas, então estamos prontos"



do Fratres in Unum.com de G. M. Ferretti

Apresentamos a tradução do caríssimo amigo Gederson Falcometa, cuja gentileza novamente agradecemos, de um extrato do sermão proferido ontem, festa da Purificação de Nossa Senhora, por Dom Bernard Fellay, Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. O estilo coloquial foi preservado.

A Sociedade de São Pio X foi fundada pela Igreja e na Igreja, e nós dizemos que esta sociedade continua a existir, apesar do fato de que há uma pretensão de que ela não existe; que foi suprimida em 1976 (mas, obviamente, com total desrespeito das leis da própria Igreja). E é por isso que nós continuamos. E o nosso querido Fundador insistiu muitas e muitas vezes sobre a importância desta existência da Sociedade. E eu acho que, como o tempo evolui, temos de manter isso em mente – e é muito importante que mantenhamos este espírito católico.

Nós não somos um grupo independente. Mesmo se estamos lutando com a Roma, ainda somos, por assim dizer, com Roma. Estamos lutando com a Roma, ou, se você quiser, contra Roma, ao mesmo tempo com Roma. E nós afirmamos e continuamos a dizer, somos católicos. Queremos permanecer católicos. Muitas vezes eu digo a Roma, vocês tentam nos chutar para fora. E vemos que seria muito mais fácil para nós estar fora. Teríamos muito mais vantagens. Vocês nos tratariam muito melhor! Olhe para os protestantes, como abrem as igrejas a eles. Para nós, eles as fecham. E dizemos, nós não nos importamos. Nós fazemos as coisas na frente de Deus. Nós sofremos por parte da Igreja, tudo bem. Nós não gostamos disso, é claro. Mas temos de ficar lá na verdade. E nós temos que afirmar que pertencemos à Igreja. Nós somos católicos. Nós queremos ser e queremos permanecer, e é muito importante afirmar isso.

Também é importante que finalmente nós não imaginemos uma Igreja Católica que é apenas o fruto da nossa imaginação, mas que não é mais aquela [Igreja] real. E com a real nós temos problemas. Isso é o que torna ainda mais difícil: o fato de que temos problemas com ela. Isso não nos permite, por assim dizer, fechar a porta. Pelo contrário, é nosso dever continuamente ir até lá, bater à porta, não para implorar para que possamos entrar (porque estamos dentro), mas para pedir que possam se converter; que eles possam mudar e voltar ao que faz a Igreja. É um grande mistério, não é simples. Porque ao mesmo tempo que temos de dizer, sim, nós reconhecemos aquela Igreja — é o que dizemos no Credo, creio na Igreja Católica — de modo que aceitamos que há um Papa, aceitamos que existe uma hierarquia, nós aceitamos isso.

E na prática, em muitos níveis, temos de dizer não. Não porque isso [certos tópicos] não nos agrada, mas porque a Igreja já falou sobre isso. Já condenou mesmo muitas dessas coisas. E assim, em nossas discussões com Roma estávamos, por assim dizer, presos aí. O problema fundamental em nossas discussões com Roma foi realmente o Magistério, o ensinamento da Igreja. Porque eles dizem: “nós somos o papa, nós somos a Santa Sé” — e nós dizemos, sim. E então dizem, “nós temos o poder supremo”, e nós dizemos, sim. Eles dizem: “nós somos a última instância no ensino e somos necessários” — Roma é necessário para que tenhamos a fé, e nós dizemos, sim. E então eles dizem, “então, obedeçam.” E nós dizemos, não. E assim nos dizem, vocês são protestantes. Vocês colocam a sua razão acima do Magistério de hoje. E nós respondemos a eles, vocês são modernistas. Vocês alegam que o ensino de hoje pode ser diferente do ensino de ontem. Nós dizemos que, quando aderimos ao que a Igreja ensinou ontem, necessariamente aderimos ao ensinamento da Igreja hoje. Porque a verdade não está ligada ao tempo. A verdade está acima dele. O que foi dito uma vez é vinculante por todos os tempos.Esses são os dogmas. Deus é assim, Deus está acima do tempo. E a Fé é a adesão à verdade de Deus. Está acima do tempo. É por isso que a Igreja de hoje está vinculada e tem que ser como (e não só) a Igreja de ontem. E assim, quando você vê o Papa atual dizer que deve haver continuidade na Igreja, dizemos nós, é claro! Isso é o que temos dito em todos os momentos. Quando falamos de Tradição, é precisamente este o significado. Eles dizem, deve haver Tradição, deve haver continuidade. Portanto, há continuidade. O Vaticano II foi feito pela Igreja, a Igreja deve ser contínua, por isso o Vaticano II é Tradição. E nós dizemos, com licença?

E há mais, meus queridos irmãos. Isso foi durante a discussão. No final da discussão, surge esse convite de Roma. Neste convite há uma proposição de uma situação canônica para regularizar nossa situação. E posso dizer, o que é apresentado hoje, que já é diferente do que foi apresentado no dia 14 de setembro, podemos considerar como tudo certo, ótimo. Eles cumpriram todas as nossas condições, posso dizer, no plano prático. Então não há muito problema aí. O problema permanece em outro nível — o da doutrina. Mas mesmo aí ele vai muito além — muito além, meus queridos irmãos. A chave é um princípio. Que eles dizem, “isso você deve aceitar; você tem que aceitar que para os pontos que geram dificuldade no Concílio — pontos que são ambíguos, onde há disputa — esses pontos, como o ecumenismo, como a liberdade religiosa, estes pontos devem ser entendidos em coerência com o ensinamento perpétuo da Igreja”. “Então, se há algo de ambíguo no Concílio, é necessário entendê-lo como a Igreja sempre ensinou ao longo do tempo”.

Eles vão ainda mais adiante e dizem, “é necessário rejeitar o que se opõe a este ensinamento tradicional da Igreja”/ Bem, isso é o que sempre dissemos. Espantoso, não? Que Roma nos imponha este princípio. Impressionante. Então você pode se perguntar, então por que você não aceita? Bem, meus queridos irmãos, ainda há um problema. O problema é que neste texto dão duas aplicações do que e como temos de compreender esses princípios. Esses dois exemplos que eles nos dão são o ecumenismo e liberdade religiosa, como descritos no novo Catecismo da Igreja Católica, que são exatamente os pontos pelos quais nós repreendemos o Concílio.

Em outras palavras, Roma nos diz, nós fizemos isso o tempo todo. Somos tradicionais; Vaticano II é Tradição. A liberdade religiosa, o ecumenismo são Tradição. Estamos em plena coerência com a Tradição. Imaginem só, para onde vamos? Que tipo de palavras vamos encontrar para dizer que nós concordamos ou não? Se até mesmo os princípios que temos mantido e afirmado, dizem eles, sim, está ok, vocês podem afirmar isso, porque isso significa que queremos dizer, que é exatamente o contrário do queremos dizer.

Creio que não poderíamos ir adiante na confusão. Em outras palavras, meus queridos irmãos, isso significa que eles têm um outro significado para a palavra “tradição”, e talvez até mesmo para “coerência”. E é por isso fomos obrigados a dizer não. Nós não vamos assinar aquilo. Concordamos com o princípio, mas vemos que a conclusão é contrária. Grande mistério! Grande mistério! Então, o que vai acontecer agora? Bem, já enviámos a nossa resposta a Roma. Eles ainda dizem que estão refletindo sobre ela, o que significa que provavelmente eles estão embaraçados.Ao mesmo tempo, creio que podemos ver agora o que eles realmente querem. Será que eles realmente nos querem na Igreja ou não? Dissemo-lhes muito claramente, se nos aceitarem como somos, sem mudanças, sem nos obrigar a aceitar essas coisas, então estamos prontos. Mas se quiserem nos fazer aceitar estas coisas, não estamos. Na verdade, nós só citamos Dom Lefebvre quem disse isso já em 1987 — várias vezes antes, mas a última vez disse isso em 1987.

Em outras palavras, meus queridos irmãos, humanamente falando, é difícil dizer como será o futuro, mas sabemos que lidamos com a Igreja, lidamos com Deus, lidamos com a Providência Divina, e sabemos que esta Igreja é a Igreja Dele. Os seres humanos podem causar alguma perturbação, alguma destruição. Eles podem causar confusão, mas Deus está acima disso, e Ele sabe como, de todos esses acontecimentos — estes acontecimentos humanos — essas linhas tortuosas, Deus sabe como dirigir a Sua Igreja por meio dessas provações.

Haverá um fim para esta provação, não sei quando. Às vezes, há esperança de que ele virá. Às vezes, é como se perdêssemos a esperança. Deus sabe quando, mas na verdade, humanamente falando, temos de esperar por um bom tempo antes de esperar ver as coisas melhores — cinco, dez anos. Estou convencido de que em dez anos as coisas vão parecer diferentes, porque a geração do Concílio terá desaparecido e a próxima geração não tem essa ligação com o Concílio. E já agora ouvimos vários bispos, meus queridos irmãos, vários bispos nos dizer: vocês dão muito peso a este Concílio; deixe-o de lado. Poderia ser um bom caminho para Igreja ir adiante. Deixe-o de lado; esqueça-o. Vamos voltar ao que interessa, a Tradição.

Não é interessante ouvir bispos que dizem isso? É uma nova linguagem! Isso significa que temos uma nova geração que sabe que há coisas mais sérias que o Vaticano II na Igreja, e que temos de voltar a isso, se assim posso dizer. Vaticano II é sério por causa do dano que causou, sim, é. Mas, como tal, ele quis ser um concílio pastoral, que agora já acabou. Sabemos que alguém que está trabalhando no Vaticano escreveu uma tese para sua formação acadêmica sobre o magistério do Concílio Vaticano II. Ele mesmo nos disse e ninguém nas universidades romanas estava pronto para tomar esta tese. Finalmente, um professor o fez, e a tese é a seguinte: a autoridade do magistério do Vaticano II é a de uma homilia na década de 1960. E passou!

Veremos, meus queridos irmãos. Para nós é muito claro. Devemos nos firmar e nos ater à verdade, à Fé. Nós não vamos abrir mão disso — aconteça o que acontecer. Existem algumas ameaças, é claro, de Roma agora. Veremos. Nós colocamos todas essas coisas nas mãos de Deus, e nas mãos da Santíssima Virgem Maria. Oh, sim, temos de continuar a nossa cruzada de rosários. Contamos com ela, contamos com Deus. E então o que acontecer, acontecerá. Não posso prometer uma linda primavera. Eu não tenho a menor idéia do que vai acontecer nesta Primavera. O que sei é que a luta pela Fé vai continuar, aconteça o que acontecer. Reconhecidos ou não, você pode estar certo de que os progressistas não ficarão felizes. Eles vão continuar e nós vamos continuar a combatê-los também.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Liturgia não rima com simpatia (simpatia barata ou as invenções "cativantes")



"A liturgia não vive de surpresas 'simpáticas', de invenções 'cativantes', mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado" (J. Ratzinger).

Está aí uma citação que expressa muito bem a minha compreensão da liturgia da Igreja. Se não recebermos a liturgia como um dom, ela se tornará simplesmente disponível e já não nos poderá educar para o Mistério. Salvemos a liturgia!

Pe. Elílio de Faria Matos Júnior

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Pode o juiz autorizar um aborto?

Pode o juiz autorizar um aborto?

(nenhum juiz está acima da lei)

Se o aborto é ilegal, a autorização judicial é inútil; se o aborto fosse legal, ela seria desnecessária. Em qualquer hipótese, não faz sentido pedir a um juiz que “autorize” um aborto. No entanto, generalizou-se a crença de que um juiz pode autorizar, ou até mesmo ordenar (!) a prática de tal crime. Diante de um alvará para matar[1], há médicos que se sentem intimidados, como se fossem “obrigados” a executar a sentença de morte decretada pelo magistrado.

O papel da imprensa tem sido importante em difundir a desinformação. Por exemplo: em 17/04/2011, domingo, a primeira página do jornal Diário da Manhã trazia a manchete: “Aborto dentro da lei: Justiça goiana autoriza mais de 20 interrupções de gravidez de fetos com má formação severa”. Segundo a matéria, “mais de 20 autorizações judiciais permitindo aborto de fetos com má-formação severa foram concedidas em Goiânia na última década”[2]. As crianças abortadas “judicialmente” não foram somente as portadoras de anencefalia. Vários outros bebês, com doenças menos sérias, como a síndrome de body-stalk, síndrome de Potter, encefalocele occipital e síndrome de Edwards foram condenados ao extermínio. A futilidade do motivo chegou ao auge quando em 23/03/2011 um juiz “autorizou” o abortamento de uma criança normal (!), sob a alegação de que ela poderia sofrer algum dano futuro (!) em virtude do tratamento de câncer a que seria submetida sua mãe[3].

Tentemos esclarecer a questão.

1. No Brasil o aborto é crime?

Sim. Um crime contra a pessoa e contra a vida, tipificado nos artigos 124 a 128 do Código Penal.

2. Há algum caso em que o aborto não seja crime?

Não. No direito brasileiro, todo aborto diretamente provocado é crime.

3. E se não houver outro meio, a não ser o aborto, para salvar a vida da gestante?

Nesse caso, que aliás não ocorre, o aborto continua sendo crime.

4. E se a gravidez resultar de estupro e a gestante consentir no aborto?

Nesse caso, o aborto continua sendo crime.

5. Mas eu ouvi dizer que nos casos acima o aborto era legal...

De maneira alguma! Nessas duas hipóteses (art. 128, CP), o criminoso “não se pune”. Mas o aborto continua sendo crime.

6. Pode haver casos em que um criminoso fique sem punição?

Sim. A lei pode, após o fato consumado, deixar de aplicar a pena por razões de política criminal. Em Direito, isso recebe o nome de escusa absolutória. As escusas determinam a não punição do criminoso. Mas o crime permanece.

7. Dê alguns exemplos de escusa absolutória.

Se um filho furta de seu pai, comete crime de furto, mas fica isento de pena (art. 181, CP). Se a mãe esconde seu filho delinquente da polícia, comete crime de favorecimento pessoal, mas fica isenta de pena (art. 348,§2º, CP). Não se pode, porém, falar de “furto legal” ou de “favorecimento pessoal legal”.

8. O Estado pode favorecer essas condutas em que a pena não se aplica?

Claro que não. Imagine o absurdo que seria as escolas públicas ensinarem às crianças a maneira mais segura e eficiente de surrupiar as coisas do papai e da mamãe, a pretexto de que tal furto seria “legal”. Ou então pense no disparate que seria uma penitenciária reunir as mães dos detentos e explicar-lhes como escondê-los da polícia, a pretexto de que tal favorecimento pessoal seria “legal”.

9. O Estado pode financiar a prática do aborto nos casos em que a pena não se aplica?

De modo algum. O Sistema Único de Saúde não pode usar o dinheiro público para a prática de crime, haja ou não pena aplicada ao criminoso.

10. Cite juristas que sustentam a doutrina de que não há aborto legal no Brasil.

Além do grande Walter Moraes (já falecido), temos Ricardo Henry Marques Dip, Jaques de Camargo Penteado, Vicente de Abreu Amadei, José Geraldo Barreto Fonseca, Paulo de Tarso Machado Brandão, Maria Helena Diniz e Ives Gandra da Silva Martins.

11. Existe escusa absolutória em caso de má-formação fetal?

Não. O médico que pratica um aborto em razão de uma deficiência da criança por nascer (aborto eugênico) incorre nas penas dos artigos 125 a 127 do Código Penal.

12. Que valor tem uma autorização judicial para um aborto?

Nenhum valor. O aborto continua sendo crime, haja ou não a cumplicidade de um juiz.

13. Se o aborto for praticado, o juiz pode ser punido?

Pode e deve. “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido” (art. 13, CP). Ora, se sem a “autorização” o aborto não teria sido praticado, ela, embora inválida, foi causa do crime. Por meio dela, o juiz concorreu para o crime. E “quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade” (art. 29, CP).

14. Quem é competente para julgar um juiz de direito que participa de um crime de aborto?

O Tribunal de Justiça do seu Estado (art. 96, III, CF).

15. Houve algum juiz punido por ter autorizado um aborto?

Não. Embora muitas vezes os tribunais tenham concedido ordem de habeas corpus em favor do nascituro, por considerarem ilegal a “autorização” para o aborto, em nenhum caso o juiz foi punido. Nem sequer foi denunciado.

16. Aquem cabe denunciar um juiz por crime perante o Tribunal de Justiça?

Cabe ao Ministério Público, por meio do Procurador Geral de Justiça, oferecer a denúncia, ou seja, iniciar a ação penal contra o juiz (art. 29, V, Lei 8625/93).

17. O que se pode fazer para pôr fim a essa impunidade?

Solicitar a um parlamentar que represente criminalmente contra tais juízes.

Anápolis, 8 de fevereiro de 2012

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
www.providaanapolis.org.br

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O ABORTO COMO EXPRESSÃO DA LIBERTAÇÃO DA MULHER NÃO É APENAS UMA FRAUDE MORAL, É TAMBÉM UMA MENTIRA HI STÓRICA. O ABORTO SEMPRE FOI E É CONTRA AS MULHERES!



O ABORTO COMO EXPRESSÃO DA LIBERTAÇÃO DA MULHER NÃO É APENAS UMA FRAUDE MORAL, É TAMBÉM UMA MENTIRA HISTÓRICA. O ABORTO SEMPRE FOI E É CONTRA AS MULHERES!





do Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



Já escrevi dezenas de textos demonstrando por que o aborto é moralmente injustificável. Neste artigo, quero desmontar algumas falácias históricas. Os que, como este escriba, são contrários à legalização, ganham referências e argumentos novos. Os que não se convencerem, quando menos, podem tentar melhorar os próprios argumentos.

Em dezembro de 2006, escrevi para a VEJA uma longa resenha, que acabou sendo publicada como “matéria especial”, do livro “The Rise of Christianity: a Sociologist Reconsiders History”, do americano Rodney Stark, hoje já traduzido: “O Crescimento do Cristianismo: Um Sociólogo Reconsidera a História”, publicado pela Editora Paulinas. Leiam-no, cristãos e não-cristãos. A íntegra do texto está aqui. Eu me lembrei de livro e resenha ao ler as declarações da nova ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci, que considera o aborto uma espécie, assim, de libertação das mulheres, especialmente das mais pobres. Esse também foi o teor de muitos comentários que chegaram, alguns com impressionante violência. Houve até uma senhora que afirmou que eu deveria ser “executado”. Por quê? Bem, entendi que é porque não concordo com ela. Pelo visto, em nome de suas convicções, ela não se limitaria a eliminar os fetos. Nos dias de hoje, melhor ser tartaruga.

Boa parte dos que me atacaram de modo impublicável — sim, há comentários de leitores que discordam de mim — revela, na verdade, um preconceito anticristão, anticatólico em particular, que chega a assustar. Dá para ter uma idéia do que fariam se chegassem ao poder. Estão de tal sorte convictos de que a religião é um mal que chegam a revelar uma semente missionária. Se o estado pelo qual anseiam se concretizasse, aceitariam a tarefa de eliminar os “papa-hóstias” e os evangélicos em nome do progresso social. Constato, um tanto escandalizado, que a defesa incondicional do aborto, em muitos casos, é só uma das manifestações da militância anti-religiosa. Há nesses espíritos certa, como chamarei?, compulsão da desmistificação. Por que alguns fetos não poderiam pagar por isso, não é mesmo?

Mas volto àquela magnífica tese do “aborto como expressão a libertação das mulheres”. Retomo parte daquela resenha para que se desnude uma mentira. Vamos a um breve passeio pelos primeiros séculos do cristianismo para que possamos voltar aos dias de hoje.

Em seu magnífico livro,Stark, que é professor de sociologia e religião comparada da Universidade de Washington, lembra que, por volta do ano 200, havia em Roma 131 homens para cada 100 mulheres e 140 para cada 100 na Itália, Ásia Menor e África. O infanticídio de meninas — porque meninas — e de meninos com deficiências era “moralmente aceitável e praticado em todas as classes”. Cristo e o cristianismo santificaram o corpo, fizeram-no bendito, porque morada da alma, cuja imortalidade já havia sido declarada pelos gregos. Cristo inventou o ser humano intransitivo, que não depende de nenhuma condição ou qualidade para integrar a irmandade universal. CRISTO INVENTOU A NOÇÃO QUE TEMOS DE HUMANIDADE! As mulheres, por razões até muito práticas, gostaram.

No casamento cristão, que é indissolúvel, as obrigações do marido, observa Stark, não são menores do que as das mulheres. A unidade da família era garantida com a proibição do divórcio, do incesto, da infidelidade conjugal, da poligamia e do aborto, a principal causa, então, da morte de mulheres em idade fértil. A pauta do feminismo radical se volta hoje contra as interdições cristãs que ajudaram a formar a família, a propagar a fé e a proteger as mulheres da morte e da sujeição. Quando Constantino assina o Édito de Milão, a religião dos doze apóstolos já somava 6 milhões de pessoas.

Se as mulheres, especialmente as mulheres pobres, foram o grande esteio do cristianismo primitivo, Stark demonstra ser equivocada a tese de que aquela era uma religião apenas dos humildes. O “cristianismo proletário” serve ao proselitismo, mas não à verdade. A nova doutrina logo ganhou adeptos entre as classes educadas também. Provam-no os primeiros textos escritos por cristãos, com claro domínio da especulação filosófica. Mas não só. Se o cristianismo era uma religião talhada para os escravos — “os pobres rezarão enquanto os ricos se divertem” (em inglês, dá um bom trocadilho: “the poor will pray while the rich play“) —, Stark demonstra que o novo credo trazia uma resposta à grande questão filosófica posta até então: a vitória sobre a morte.

Nos primeiros séculos do cristianismo, a fé se espalhou nas cidades — não foi uma “religião de pastores”. Um caso ilustra bem o motivo. Entre 165 e 180, a peste mata, no curso de quinze anos, praticamente um terço da população do Império Romano, incluindo o imperador Marco Aurélio — o filme Gladiador mente ao acusar seu filho e sucessor, Cômodo, de tê-lo assassinado. Outra epidemia, em 251, provavelmente de sarampo, também mata às pencas. Segundo Stark, amor ao próximo, misericórdia e compaixão fizeram com que a taxa de sobrevivência entre os cristãos fosse maior do que entre os pagãos. Mais: acreditavam no dogma da Cruz e, pois, na redenção que sucede ao sofrimento. O ambiente miserável das cidades, de fato, contribuía para a pregação da fraternidade universal: os cristãos são os inventores da rede de solidariedade social, especialmente quando começaram a contar com a ajuda de adeptos endinheirados e, nas palavras de Stark, “revitalizaram a vida nas cidades greco-romanas”. Os cristãos inventaram as ONGs - as sérias.

Falácias
Não, grandes bocós!!! O cristianismo, na origem, é a religião da inclusão, da solidariedade e da vida. E A INTERDIÇÃO AO ABORTO — VÁ ESTUDAR, DONA ELEONORA!!! — CONFERIU DIGNIDADE À MULHER E PROTEGEU-A DA HUMILHAÇÃO E DA MORTE, bem como todos os outros valores que constituem algumas das noções de família que vigoram ainda hoje. Isso a que os cretinos chamam “família burguesa” é, na verdade, na origem, a família cristã, muito antes do desenvolvimento do capitalismo. O cristianismo se expandiu, ora vejam, como uma das formas de proteção às mulheres e às crianças.

Qualquer estudioso sério e dedicado sabe que não é exatamente a pobreza que joga as crianças nas ruas — ou haveria um exercito delas perambulando por aí. Se considerarmos o número de pobres no Brasil, há poucas. O que lança as crianças às várias formas de abandono — inclusive o abandono dos ricos, que existe — é a família desestruturada, que perdeu a noção de valores. Não precisamos matar as nossas crianças. Precisamos, isto sim, é cultivar valores para fazer pais e mães responsáveis.

Morticínio de mulheres

Vi há coisa de dois dias uma reportagem na TV sobre a dificuldade dos chineses de arrumar uma mulher para casar. Alguns pagam até R$ 19 mil por uma noiva. É uma decorrência da rígida política chinesa de controle da natalidade, que impõe dificuldades aos casais que têm mais de um filho. Por razões culturais, que acabam sendo econômicas, os casais optam, então, por um menino e praticam o chamado aborto seletivo: “É menina? Então tira!” Nesse particular, a China é certamente o paraíso de algumas das nossas feministas e de muitos dos nossos engenheiros sociais, não é? A prática a que se chama “libertação” por aqui serve para… matar mulheres! Repete-se, assim, o padrão vigente no mundo helênico. Não dispondo da ultra-sonografia, muitas meninas eram simplesmente eliminadas ao nascer. E se fazia o mesmo com os deficientes. A China moderna repete as mesmíssimas brutalidades combatidas pelo cristianismo primitivo — com a diferença de que tem como perscrutar o ventre.

Os abortistas fazem de tudo para ignorar o assunto. Mas é certo que, nos países que legalizaram o aborto, o expediente é empregado para eliminar os deficientes e, sim, para impedir o nascimento de meninas, ainda hoje consideradas economicamente menos viáveis do que os meninos. Ainda que isso fosse verdade apenas na China — não é —, já estaríamos falando de um quarto da humanidade.

Que zorra de humanismo vigarista é esse que estabelece as precondições para que uma vida humana possa ser considerada “intocável”? Se não querem ver no corpo humano a morada de Deus, a exemplo dos cristãos, que o considerem, ao menos, a morada do “Homem”.

Abordagem relevante sobre o aborto



QUE FETOS HUMANOS SEJAM CONSIDERADOS OVOS DE TARTARUGA! QUE SEJAM PROTEGIDOS PELO IBAMA!





Tartarugas são animais protegidos, como sabemos. Eu aposto que há mais ONGs empenhadas em salvá-las do que entidades dedicadas ao combate ao aborto. Mas não são apenas as tartarugas nascidas que estão sob tutela. Não! Não só é proibido comer a carne do bicho como também é proibido se alimentar de seus ovos, hábitos de várias comunidades no Brasil que foram postos na ilegalidade.

Se alguém argumentar que um ovo de tartaruga ainda não é uma tartaruga, será tomado por idiota ou cínico. Porque é certo, salvo algum evento da natureza, que, lá vem um quase-poema concreto, no ovo está o novo que renova o velho.

Por alguma estranha razão que ainda não foi suficientemente explicada — e não há um só abortista que tenha conseguido fazê-lo — há quem considere que o “ovo” humano não contém o humano.

Dona Eleonora comparou um aborto a uma infecção, ao vírus da AIDS, ao crack. A imoralidade dessa gente me obriga a animalizar o humano para protegê-lo de certos humanos. Que o feto da nossa espécie ganhe o status de um ovo de tartaruga!

Que o Ibama cuide dos fetos do Homem, já que os humanistas de Dilma o consideram um vírus a ser combatido por políticas públicas!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Reinaldo Azevedo sobre a nova nomeação da president"a"



Eu gosto de sinceridade. Pago um preço alto por dizer o que penso, com sabem. A sinceridade na política é uma tolice? Pois é… Eu não sou político. Leiam o que informa Bernardo Mello Franco, na Folha. Volto em seguida:

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Amiga da presidente Dilma Rousseff desde a década de 1960 e sua colega de prisão na ditadura militar, a nova ministra Eleonora Menicucci, 67, promete defender a liberação do aborto à frente da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Socióloga, professora titular de Saúde Coletiva da Unifesp e filiada ao PT, ela assumirá o cargo na sexta-feira. Substituirá a também petista Iriny Lopes, que sai para disputar a Prefeitura de Vitória. Menicucci integra o Grupo de Estudos sobre o Aborto e já relatou ter se submetido à prática duas vezes. Ontem, afirmou à Folha que levará sua convicção e sua militância na causa para o governo. “Minha luta pelos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres e a minha luta para que nenhuma mulher neste país morra por morte materna só me fortalece”, disse.Na campanha eleitoral de 2010, deu-se um evento fabuloso: Dilma Rousseff, então candidata do PT, notória defensora da “legalização” do aborto — ela empregava essa palavra —, mudou o discurso. Setores da imprensa armaram um escarcéu danado, acusando de “reacionários” todos aqueles que, ora vejam!, lembrassem as palavras da própria candidata.

A polêmica sobre o aborto marcou a corrida presidencial de 2010, quando José Serra (PSDB) usou o tema para atrair o voto religioso. Dilma, que já havia defendido a descriminalização da prática em duas entrevistas, disse ser “a favor da vida”, mas afirmou que não faria uma “guinada à direita” para se eleger. A nova ministra anunciou que fará uma gestão de continuidade. Citou como prioridades o combate à violência contra a mulher e à “feminilização da pobreza” e a preparação das feministas para a conferência Rio+20. Ela negou os rumores de extinção da secretaria, que circulavam desde o ano passado. “Digo isso como futura ministra. A secretaria continua com status de ministério e com muita força”, afirmou.

(…)
Voltei

Sim, meus caros! Material impresso por católicos conclamando os eleitores — católicos — a não votar em defensores do aborto foi apreendido. Pessoas foram presas por simplesmente portar um daqueles papéis. Era nada menos do que censura à liberdade de opinião. Os tais setores da imprensa aplaudiram o absurdo! Ninguém, no entanto, seria preso por imprimir um folheto que pedisse votos para defensores do aborto. Esse simples contraste dá conta da estupidez! E, no entanto, o aborto, ressalvadas os casos previstos em lei, é que é ilegal. Foi um momento de puro surrealismo político.

Pois bem! Dilma foi à Aparecida, escoltada por Gabriel Chalita, e passou a ser católica desde criancinha. Chegou até a declarar numa entrevista a Datena que era devota de Nossa Senhora. “De qual”, ele quis saber. Ela inventou uma santa nova: “Nossa Senhora de Forma Geral”… Mais: chamou a santa de a “nossa deusa”. Dilma inaugurava o paganismo católico.

Pois é… Agora a presidente escolhe para a Secretaria das Mulheres ninguém menos do que uma notória defensora do aborto, Eleonora Menicucci, que já confessou, sem que ninguém a tanto a obrigasse, ter se submetido à prática duas vezes. É claro que o cretinismo patrulheiro e fascistóide — os “fascistas do bem!” — já vão se arrepiar: “Vejam que absurdo escreve esse Reinaldo!” Absurdo por quê? Acho que Dilma estava enganando os eleitores, só isso. Ex-militante do grupo terrorista POC (Partido Operário Comunista), também Eleonora disse ter “muito orgulho e muita honra de ter sido presa política na luta contra a ditadura”.

Pois é… As palavras fazem sentido. Muitos se sentem honrados por ter lutado contra a ditadura. Eu mesmo lutei e acho isso honroso. Luto ainda contra outras formas de ditadura, como a de opinião. E continuo a achar honroso. Mas por que a prisão seria uma distinção honrosa? Fica parecendo que os que não foram presos são menos honrados. Não são, não! Até porque a democracia brasileira chegou pelas mãos dos que fizeram a luta pacífica contra o regime e queriam, de fato, democracia. Não era o caso nem de Dilma nem de Eleonora. Ou o Partido Operário Comunista assaltava bancos — ela mesma participou de ações assim — para instaurar no Brasil a democracia?

Podem urrar à vontade. Fato é fato. Lido com fatos.

E a Dilma continua, como sempre, a favor do aborto. OU: sai uma abortista e entra outra.



Montesclaros.com: Amiga da presidente Dilma desde os anos 60 e sua colega de prisão na ditadura militar, a nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci (foto), de 67 anos, promete defender a liberação do aborto e já relatou ter se submetido à prática duas vezes. A socióloga mineira entra no lugar da capixaba Iriny Lopes, que disputará a Prefeitura de Vitória. Ao convidar Eleonora, Dilma fez uma opção por um nome representativo e com relações pessoais com ela. A tendência petista “Articulação de Esquerda” queria manter na Esplanada o espaço que tinha com Iriny e chegou a indicar a deputada estadual Inês Pandeló, do PT do Rio. A posse de Eleonora está marcada para a próxima sexta-feira.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fidel Castro e o Céu

Fidel Castro morre e chega ao céu, mas não estava na lista.

Assim, São Pedro o manda ao inferno. Quando chega lá, o diabo em pessoa o recebe e diz:

- “Olá, Fidel, seja bem-vindo. Eu estava à sua espera. Aqui você vai se sentir em casa”

- “Obrigado, Satanás, mas estive primeiro no céu e esqueci minhas malas lá
em cima, na portaria”

- “Não se preocupe. Vou enviar dois diabinhos para pegar suas coisas”

Os dois diabinhos chegam às portas do céu, mas as encontram fechadas, porque São Pedro tinha saído para almoçar. Um dos diabinhos diz ao outro:

- “Olha, é melhor pularmos o muro. Aí pegamos as malas sem ninguém nos perturbar.”

Os dois diabinhos começam a escalar o muro; mas, dois anjinhos passavam por ali, e ao verem os diabinhos, um comenta com o outro:

-“Não faz nem dez minutos que Fidel está no inferno, e já temos refugiados!!!”

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Relatório de Funcionários da OMS Pede Aborto Legal















Análise: Relatório de Funcionários da OMS Pede Aborto Legal no Mundo em Desenvolvimento, Estatísticas de Aborto São Infladas

Lucia Muchova

WASHINGTON DC, EUA, 3 fevereiro (C-FAM) Um relatório amplamente divulgado na revista médica The Lancet pedindo a legalização do aborto continha números inflados, coleta de dados falhos e linguagem muito enganosa.

O recente artigo sobre Aborto Provocado: incidência e tendências mundiais de 1995 a 2008 faz uma atualização das estimativas de aborto para mostrar o progresso na melhoria da saúde maternal. O Instituto Alan Guttmacher e funcionários da Organização Mundial de Saúde afirmam que o número de abortos inseguros por 1.000 mulheres subiu de 44% para 49% entre 1995 e 2008 enquanto o índice mundial de aborto diminuiu de 29 para 28 por 1.000 mulheres em idade reprodutiva. Os abortos inseguros estão concentrados nos países em desenvolvimento. Na África Central e Ocidental 100% dos abortos são considerados inseguros. Apresentando várias estatísticas, os autores pedem mais campanhas para legalizar o aborto e expandir investimentos na contracepção nos países em desenvolvimento. Leia mais







Ativistas do Controle Populacional e Direitos Reprodutivos Marginalizados no Debate Rio+



Timothy Herrmann

NOVA IORQUE, EUA, 3 de fevereiro (C-FAM) Em preparação para o que discutivelmente a conferência intergovernamental mais influente sobre desenvolvimento sustentável internacionalmente, representantes de estados membros, agências da ONU e sociedade civil concluíram três dias de debate acalorado sobre a mais recente versão preliminar de um documento que servirá como guia para as iniciativas de desenvolvimento sustentável no mundo inteiro. Do jeito que está, o documento não faz nenhuma referência ao controle populacional ou a direitos reprodutivos como componentes necessários do desenvolvimento sustentável no mundo todo. O documento será finalizado na conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que se realizará no Rio de Janeiro, Brasil, em junho (Rio +20). Leia mais











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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Uma sugestão para a CNBB



Campanha "40 Dias pela Vida" terá início na Espanha durante a Quaresma

MADRI, 03 Fev. 12 (ACI) .- Com o propósito de lutar pela vida e contra o aborto na Espanha e no mundo, no próximo 22 de fevereiro, Quarta-feira de Cinza, terá início a terceira edição da campanha nacional de oração "40 Dias pela Vida" diante das clínicas de aborto de várias cidades do país.

Esta campanha de oração, que durará os 40 dias do tempo de Quaresma, é promovida por voluntários cristãos que defendem a vida desde a concepção e que sairão às ruas para rezar, em atitude pacífica, dando testemunho de sua fé e pedindo pelo fim do aborto.

Conforme o informe do comitê nacional de "40 Dias pela Vida" na Espanha, a campanha se realiza, ao mesmo tempo, em 300 cidades de três continentes, os mesmos dias, com a mesma intenção, durante 40 dias.

"Somos voluntários que temos em comum nossa fé. Reunimo-nos para rezar. Não militamos de nada, não provocamos nem assinalaremos ninguém. Detemo-nos 40 dias frente aos abortorios para rezar e dar testemunho público de nossa fé e pedimos ao Senhor pelo fim deste genocídio", assinalaram.

Finalmente, os voluntários do comitê organizador pediram a todos os defensores da vida que tenham um site Web, que ajudem a difundir a campanha de oração de "40 Dias pela Vida".

"Com uns pixels de sua Web anunciando a oração pela vida você nos ajudaria a mover as consciências de muitas mais pessoas que poderão conhecer e talvez unir-se aos 40 Dias pela Vida para fazer possível o grande objetivo: converter nosso país (e o mundo inteiro) em uma grande prece pelo fim do aborto", concluíram.

Mais informação em espanhol: http://40diasporlavida.es/ e http://40diasporlavida.es/quienes-somos/

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Aborto na Espanha



SIC notícias:

Em declarações à rádio Cope (da Conferência Episcopal espanhola), Ruiz-Gallardón esclareceu detalhes das propostas de alterações à lei do aborto, concretizando assim o que o programa eleitoral do Partido Popular (PP, no poder) não explicava.

Em entrevista à RTVE na terça-feira, o ministro tinha anunciado as alterações à atual lei do aborto, que permite a interrupção voluntária da gravidez sem alegar qualquer causa. A proposta do governo é um sistema de despenalização do aborto com base em alguns "pressupostos". Continue lendo...

Expresso:

O Governo espanhol quer alterar a legislação sobre o aborto, revogando a permissão para as mulheres interromperem voluntariamente a gravidez sem qualquer justificação médica até às primeiras 14 semanas de gestação.

Para muitos, trata-se de um regresso à legislação criada em 1985 e que só permitia o aborto em três situações: em caso de violação, malformações fetais ou se implicasse risco para a mãe.

Embora o ministro da Justiça espanhol, Alberto Ruiz-Gallardón, insista que não se trata de um retrocesso - a lei de 1985 foi posteriormente alterada em 2010 pelo Governo socialista -, mas sim de um conjunto de alterações que visa corrigir os defeitos das últimas duas leis, certo é que esta intenção do novo Governo presidido por Mariano Rajoy é vista como uma tentativa de agradar à linha dura do PP e à Igreja católica. Continue lendo...

Qual o §|Olhar Católico|§ que devemos lançar sobre estes fato?

Toda e qualquer lei que defenda a vida de um ser indefeso é bem vinda, ainda mais quando esta lei vem substituir outra lei injusta e assassina. É bem verdade que a que se quer propor em reforma à atual não é perfeita, pois ainda abre “brechas” para o aborto, semelhante à constituição brasileira em seu código penal, mas com certeza seria um avanço inimaginável sob as garras de Zapatero.



Que direitos teve este ser humano assassinado acima?

Ladainha da Contrição Perfeita

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo,
Deus Pai Celestial,
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Vós, que não desejais a morte do pecador,
Vós, que esperais com paciência a conversão do pecador,
Vós, que convidais os pecadores a que se convertam,
Vós, que acolheis benignamente o pecador arrependido,
Vós, que Vos regozijais com a conversão do pecador,
De Vos ter ofendido, pesa-me de todo coração, meu Deus.
De ter tantas vezes e tão gravemente pecado,
De ter pecado por pensamentos, palavras e ações,
De ter pecado pelos sentidos do meu corpo,
De ter pecado pelas potências de minha alma,
De ter pecado com tanta audácia,
De Vos ter abandonado pelas criaturas,
De ter preferido a Vós o que é ilusão e vaidade,
De ter menosprezado as Vossas perfeições infinitas,
De ter abusado de Vossos dons e benefícios,
De ter renovado os sofrimentos de Jesus Cristo,
De ter desprezado Vossos favores e amizade,
E somente por causa de Vós,
Por incorrer no Vosso desagrado,
Por ser ingrato à Vossa Bondade,
Não pelo temor do castigo,
Não pela esperança da recompensa,
Não constrangidamente,
Mas de puro amor para convosco,
Pelo respeito devido à Vossa Majestade Suprema,
Com o horror que Vos causam todos os pecados,
De tudo me pesa, meu Deus, com o mesmo pesar que os Santos choraram suas faltas,
Por que eu Vos amo, meu Deus.
Prometo emendar-me, com o auxílio de Vossa graça.
Prometo não mais Vos ofender desde o presente,
Prometo evitar toda ocasião de pecar,
Prometo resistir à todas as tentações,
Prometo reprimir em mim todos os maus pensamentos,
Prometo preferir perder tudo quanto possuo antes de tornar a ofender-Vos,
Prometo preferir sofrer tudo antes que pecar,
Prometo morrer antes que tornar a pecar,
Pai Nosso…
Oremos. Ó Deus, que sois a fonte dos bons propósitos e das obras santas, dai-me a Fortaleza que necessito para ter um verdadeiro arrependimento de meus pecados e para emendar sinceramente a minha vida, a fim de que possa alcançar de Vossa Misericórdia o perdão de todas as minhas culpas. Amém.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Envie um e-mail de onde você estiver!

Ontem foi anunciado que a Fundação Susan G. Komen, que é maior financiadora mundial de pesquisas de câncer de mama, parou de financiar a Federação de Planejamento Familiar (Planned Parenthood), a maior rede de clínicas de aborto dos EUA. Essa é uma vitória surpreendente para os ativistas pró-vida que há anos pedem que a Komen pare de financiar a gigantesca indústria de abortos.

O anúncio foi feito ontem e o escritório da Komen recebeu mais de dois mil e-mails denunciando a decisão. Precisamos que a Komen receba mensagens de ativistas pró-vida.

Peço-lhe que, neste exato momento, não importando em que lugar do mundo você esteja, envie um e-mail para a Fundação Susan G. Komen e lhes agradeça por parar de financiar Planned Parenthood.

Por favor, pare o que você está fazendo agora mesmo e escreva para news e diga: Thanks for defunding Planned Parenthood! Isso é tudo o que você precisa dizer! E fará uma diferença enorme.

Faça isso agora mesmo. Não espere. Escreva agora mesmo para news e diga: Thanks for defunding Planned Parenthood!

Muito obrigado por sua ajuda. Isso é realmente importante. Eles assumiram uma postura corajosa e temos de apoiá-los. Escreva para news agora mesmo. Por favor, escreva-lhes do mundo inteiro.

Sinceramente,

Austin Ruse
Presidente
C-FAM
Editor/Friday Fax

www.c-fam.org

Aborto e as eleições 2012

Ivanaldo Santos (ivanaldosantos)
Filósofo
Fonte: http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=3045

Até o ano de 2010 a grande mídia, o governo, os partidos políticos de esquerda e ONGs ligadas ao movimento pró-aborto apresentavam o aborto como uma unanimidade nacional. Nas reportagens da grande mídia, nos discursos políticos, nos projetos de Lei, principalmente do PT, e nos encontros organizados por entidades pró-aborto só se falava que o aborto era uma necessidade nacional, que o povo brasileiro queria e precisa desesperadamente da legalização do aborto e coisas semelhantes. Até o ano de 2010, se dizia, por exemplo, que era preciso se fazer um amplo debate sobre o aborto e que apenas uma minoria de reacionários e conservadores é que eram contrários a essa prática.

Nas eleições presidenciais de 2010, quando a então defensora do aborto, a Sra. Dilma Rousseff, mudou de ideia e passou a ser defensora da vida humana, a sociedade brasileira resolveu seguir o conselho da grande mídia, do governo, do PT e de outros grupos favoráveis ao aborto, ou seja, a sociedade resolveu debater, de forma aberta, a questão do aborto. Esse debate se deu principalmente por meio da internet. Curiosamente, ao contrário do que se dizia na grande mídia, no governo e em outros setores pró-aborto, a sociedade civil brasileira se apresentou majoritariamente contrária a legalização do aborto. Inclusive o tema do aborto, que foi colocado de forma indireta por meio de blogueiros independentes, terminou mudando o rumo da campanha eleitoral de 2010. Uma campanha que estava destinada a ser sem graça, sem novidades e ter o coroamento da vitória esmagadora da candidata do PT no primeiro turno. Por causa do apoio a legalização do aborto a então candidata, a Sra. Dilma Rousseff, quase perdeu a eleição e deve que mudar de opinião. O aborto foi o diferencial na campanha eleitoral de 2010.

O que vimos em 2010 foi que, ao contrário do que se dizia na época, a sociedade brasileira não é a favor dessa prática desumana e não são grupos minoritários que criticam essa prática. Pelo contrário, a grande maioria da população faz duras e severas críticas ao aborto. Devido a isso, de forma surpreendente, o aborto simplesmente sumiu da pauta da mídia, do governo, do PT, das ONGs, etc. Parece até que nunca se falou de aborto no Brasil.
O problema é que em 2012 teremos novas eleições. Dessa fez para prefeitos e vereadores. É claro que prefeitos e vereadores não criam ou modificam as leis, mas são agentes políticos e, por causa disso, têm poder de influenciar na construção das leis. Sem contar que a prefeitura de algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, têm projeção e influência política nacional, incluindo o congresso. Por causa disso as eleições 2012 são importantes tanto a nível nacional como dos interesses políticos no congresso.

Um dos temas que, com toda certeza, voltará à pauta é o aborto. Por mais que a grande mídia, o governo, o PT e outros setores políticos tentem apagar e abafar, esse é um tema que está sendo discutido e debatido nas ruas. As ruas falam uma linguagem diferente daquela que é falada pela mídia e pelos partidos políticos. As ruas falam do aborto e querem saber o que pensam os candidatos a prefeitos e a vereadores. O povo brasileiro não quer que o aborto seja legalizado e, por isso, está curioso para saber o que pensam os candidatos sobre esse e outros temas morais. Por exemplo, em São Paulo, grande e importante colégio eleitoral, qual a posição do pré-candidato ou candidato Fernando Haddad (PT) sobre o aborto e outros temas morais? Vale salientar que até poucos dias atrás ele era o ministro da educação, um importante e estratégico ministério. Um ministério que deve, teoricamente, promover a educação do cidadão brasileiro. Então, o que pensa o ex-ministro sobre o aborto e outros temas?

O que pensam os grandes candidatos a prefeitos de cidades, como, por exemplo, Rio de Janeiro e Porto Alegre? Serão defensores do aborto? Ou serão aqueles políticos que em entrevistas concedidas a intelectuais dizem que o Brasil precisa legalizar o aborto e quando chegam diante do povo dizem que são contrários a essa prática desumana? A questão está posta. Engana-se quem pensa que o aborto é um assunto que morreu em 2010. Pelo contrário, é um tema que nasceu nesse ano. O cidadão brasileiro está atento às ideias e posturas dos candidatos sobre esse e outros temas morais.