quarta-feira, 6 de julho de 2011

As doutrinas mutantes das Testemunhas de Jeová

As doutrinas mutantes das Testemunhas de Jeová

via Sã Doutrina de Rafasoftwares em 26/06/11

No presente artigo trataremos de como a seita das Testemunhas de Jeová ao longo de seus quase 2 séculos de existência, tem uma particularidade de possuir um conjunto de doutrinas com características mutantes a medida em que os anos vão passando desde sua fundação em 1879.

Dada esta abordagem, apresentemos agora a transformação de algumas de suas teses contraditórias de acordo com o tempo, recorrendo à sua própria história como movimento, à fontes históricas primárias (as Revistas Sentinelas), suas próprias publicações e algumas imagens representativas.

Para uma melhor compreensão de que estamos querendo demonstrar, estão enumerados ordenadamente os temas mais polêmicos que são utilizados por seus pregadores

1 – O Famoso Tema de Que “Jesus não morreu em uma cruz e sim em um madeiro”

- Nas páginas 204 e 205 do texto “O que realmente ensina a bíblia?”, a seita afirma o seguinte:

“Primeiramente, temos que levar em conta um fator fundamental: Jesus Cristo não morreu em uma Cruz. A Palavra Grega que se traduz “cruz” é staurus, que significa basicamente “poste ou estaca”. Além do que este termo grego “nunca significou dois pedaços de madeira transversais em qualquer ângulo [...]. No grego do [novo testamento] não há nada que se der a entender que dois pedaços de madeira”… É a palavra grega Xýlon, a qual significa simplesmente “madeiro” e “pedaço de pau ou poste, ou árvore” (Atos 5, 30; 10, 39; 13, 29; Gálatas 3, 13; 1 Pedro 2, 24)… Não evidencias que as pessoas que afirmavam ser Cristãos nos primeiros 300 anos após a crucificação de Cristo, utilizavam a cruz no culto. No entanto, no século IV, o imperador Constantino se converteu do paganismo a uma forma de cristianismo apostata. A partir desde momento promoveu a cruz como símbolo de sua religião… a cruz não tem nada tinha haver com Jesus Cristo. ”

Os membros da Torre de Vigia, quando se encontram com algum cristão, citam os vários versículos bíblicos que apontam literalmente a palavra madeiro. Entre estes estão: Atos 5, 30; 10, 39; 13, 29; Gálatas 3, 13; e 1 Pedro 2, 24. Nas ditas passagens é verdade que se traduzem na palavra “madeiro”, mas a ênfase dos escritos não tem relação com a forma do objeto e sim relação com o material no qual Jesus foi crucificado. Vamos passo a passo desarticulando esta estapafúrdia idéia tese histórica dos TJ’s.

Dois prego na mão ou um só? Eles apontam somente a presença de um só prego em ambos os pulsos no momento da Crucificação. Na contra mão a bíblia aponta que foram dois pregos, um em cada mão. Isto confirma se confirma de forma clara em João 20, 25 quando São Tomé fala de colocar os dedos em suas mãos e fala de dois pregos, um em cada mão. O grego utilizado neste texto diz Tain Xepov que significa “suas mãos” e Ton Elon que significa “os pregos”, e no Tou elou que é “o prego”. É impossível uma crucificação com dois pregos nos pulsos e ao mesmo tempo não teria sentido algum.

Se olharmos atentamente para a imagem de baixo, são dois pregos sustentando cada uma das mãos de forma separada. Esta situação é referida em João 20, 25 aos se referir a “os pregos” nas “mãos”, é um em cada, e não “um prego” em ambas as mãos. Isso nós damos por feito ao explicar anteriormente sobre a palavra grega utilizada por São João, no que se refere ao relato chamado “dúvida de São Tomé”. Além do que em Mateus 27, 37 enfatiza que acima da cabeça de Jesus se encontrava um letreiro com a inscrição “o rei dos judeus” e não sobre suas mãos (veja a imagem acima).

Cristo morreu em uma cruz (intercessão de duas varas). A Palavra em latim é crux. Esta foi empregada pelos romanos para marcar a crucificação e não a execução em um porte vertical.

Em grego staurós significa literalmente “barra transversal” e por sua vez foi emprega para traduzir cruz, como no inglês que “like” significa “gostar” e “como” em sentido de comparação. Staurós é utilizada segundo o contexto como “like” em inglês para designar coisas diferentes e se utilizam, em ambos os casos, a mesma palavra. Em latim estaca ou poste se diz palus ou adminiculum, equanto que os romanos ao se referirem ao “poste de tormento” utilizam, como descrito nos registros dos julgamento com sentença de morte, os termos de “Ad Palum, Alligare ou In Palum Figere”. Para eles crux é simplesmente uma cruz comum e simples e não um poste. Portanto, embora os romanos empalassem alguns, também outros eram crucificados em uma cruz, ato que se sucedeu a Cristo.

A crucificação romana era uma estrutura formada por duas peças: um poste chamado Stipites e um transversal chamado Patibulum. Os pés do executado eram pregados no poste e os braços na barra transversal.

Assim se forma uma cruz. Poste (Stipites) barra transversal (Patibulum) União das duas partes: uma Cruz

A histórica tradição romana de humilhar alguém que ia ser crucificado tinha direta relação com o patibulum, o elemento de madeira, carregado pela mesma pessoa que ia ser executava até chegar ao lugar onde se encontrava o Stipites. Se cristo carregou a cruz, há duas opções: carregou somente, a barra transversal e foi pregado ali, até chegar onde estava o poste para posteriormente ser levantado com o fim de unir as peças e formar uma cruz, ou a cruz completa sem divisão de partes: barra transversal e poste, já unidos.

Se Jesus carregou algo, são as peças separadas ou juntas, definitivamente foi crucificado em uma cruz e não em um poste. Essa é a evidencia fundamental que nos aponta a Bíblia para dar nos a conhecer o modo da execução mediante a crucificação.

Finalmente, vale frisar que Santo André Apóstolo foi crucificado na Grécia em uma em forma de “X”. Esta era um staurós (poste) em forma de X, confirmando uma cruz. Jesus e Santo André foram pregados em cruzes de diferentes formas e não em postes como afirma a seita. Também a estudiosos médicos que enfatizam que se Jesus fosse “pendurado” como dizem os Testemunhas de Jeová, não poderia ter durado tanto tempo pregado e agonizando como afirma a bíblia. Teria tido uma asfixia de imediato, coisa que não acorreu.

A palavra “madeiro” aparece 4 vezes na bíblia em comparação a cruz que aparece mais de 20 vezes. No ano de 1937, os testemunhas de Jeová determinaram que Cristo morreu em um poste e não em uma cruz, distorcendo as formas gramaticais gregas para justificar suas teses. Lamentavelmente, a seita tem serias contradições, por que eles mesmos usaram a cruz durante muito tempo. O posterior argumento do poste é apenas para se considerarem exclusivos e contrariar a Igreja Católica.

A inconsistência doutrinária das Testemunhas de Jeová.

Os testemunhas de Jeová estão contradizendo seu próprio fundador com a afirmação que condena a cruz, considerando ela um símbolo pagão e relacionando-a com forças diabólicas.

No livros dos testemunhas de Jeová chamado “Plano divino das Idades”, se utilizou a cruz. Também se encontrava presente na capa de suas bíblias antes de 1930.

Constantino foi quem impôs a cruz no século IV? Isto é mentira. Séculos antes do nascimento deste imperador, a igreja primitiva utilizou a cruz e seu sinal nas bênçãos. Vamos as seguintes fontes históricas:

1 – São João Apóstolo antes de sua morte fez uma cruz sobre sua cabeça com sua mão. São João morreu pacificamente na cidade de Éfeso, no terceiro ano do reinado de Trajano, por volta do ano cem da era cristã, quando tinha a idade de noventa e quatro anos, de acordo com São Epifanio.

2- Tertuliano por volta do ano 200, afirmou, mais de 100 anos antes de Constantino chegar ao trono imperial, a importância da cruz na vida dos cristão.

3- Nas cartas de Santo Afri relata que pelo ano 300 um pagão se dirigiu a São narciso de Gerona e a seu diácono São Félix, mártires executados durante a perseguição do imperador Diocleciano: “Sei que são Cristãos e que com freqüência fazem o sinal da Crus em sua fronte”.

Diocleciano foi um imperador que governou anos antes de Constantino, o império romano onde já se encontrava a presença do sinal da cruz. Diante dessas evidencias históricas, a Watchtower e seus membros adotam posturas de negação, exatamente como aqueles usados ​​para eventos como o Holocausto negando o genocídio nazista da Ucrânia e a existência de presos desaparecidos.

2- As conclusões erradas a respeito dos final dos temos e sua posterior negação.

-Nas páginas 73 a 85 do Livro “O que a bíblia realmente ensina?” A seita afirma duas coisas. Em primeiro lugar, enfatiza que He duas ressurreições: uma celestial e outra na terra, e, em segundo lugar, que no ano de 1914 Jesus foi coroado para governar de forma invisível do céu.

Ponto um: Não há duas ressurreições, é somente uma. A ressurreição do último dia se para todos igualmente, sejam salvos ou condenados (Jo 5, 28-29; Daniel 12, 2).

Para os católicos há uma primeira ressurreição que é o batismo (Rm 6, 1-11; Ap 20, 5) onde “sepultamos e morremos” da nossa vida de pecados e entramos na Graça da Santa Igreja. Na epistola de Barnabé, escrita pelo ano de 70, se utiliza batismo como sepultamento e ressurreição. A seita interpreta esta primeira ressurreição como se fosse o ultimo dia que São Paulo em Romanos diz exatamente o contrário.

Ponto dois: De onde tiraram que Jesus governa desde 1914?Isto vem de um Batista chamado Willian Miller que realizou alguns cálculos falhos sobre o dia que ocorreria a Segunda Vinda de Cristo ao mundo. Como não aconteceu nada do previsto, Miller se arrependeu e morreu como batista. Mas foram as Testemunhas de Jeová que retomaram seus postulados, para adaptar a fim de validar suas opiniões teológicas sobre o assunto. Cabe frisar que a Bíblia jamais fala do ano 1914, literalmente, como se aproveitam as seitas quando lhes é conveniente, mas diz que “Toda a autoridade foi me dada no céu e na terra” (Mt 28, 18) e também disse que o Reino de Deus já está entre nós (Lc 17, 20-21) e não que haveria de esperar até 1914.

O que pensavam as Testemunhas de Jeová de 1914? Observaram num determinado momento iria ser o Fim dos Tempos. Como o predito final nunca chegou mudaram sua afirmação. Como sabemos que contradisseram estas coisas? Vejamos o que a Torre de Vigia tem afirmado em suas propagandas:

A Torre de vigia, 1 de março de 1923, Página 67. “Desde 1874 foi começado a presença do Senhor.”

A Torre de vigia, 1 de Janeiro de 1924. “Jesus está presente reinando desde 1874.” (Depois afirmaram que isto ocorreu em 1914).

1914: Charles T. Russel, Fundador da Seita, disse que em 1914 o mundo ia acabar. Neste ano começou a 1ª Guerra Mundial e não aconteceu o fim do mundo.

No Livro “O tempo está próximo” de 1908, nas páginas 76 e 78, Russel, líder da seita, afirma: “neste capítulo se apresentam as provas bíblicas demonstrando que chegará a plenitude dos gentios, ou seja, o final completo do domínio e ocupação, no ano de 1914;” e que “nesta data ocorrerá a desintegração do governo dos homens imperfeito… está demonstrado nas escrituras… Jesus estabelecerá sobre as ruínas seu reino terrestre.” Chegou a data tão esperada e absolutamente nada aconteceu.

No Livro “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão” Página 97. José Rutheford, segundo líder da seita depois da mostre de Russel, afirma: Moisés, Abraão e outros profetas iam ressuscitar e que o fim do mundo iria chegar até 1925. Chegou este ano e nada dita ressurreição acontecer.

No Livro “Vida eterna na liberdade dos filhos de Deus” (1966), páginas 29 e 30 disse: “Os 6 mil anos da criação do homem terminará em 1975”. Ao passo que nada absolutamente aconteceu.

O que fazem as Testemunhas de Jeová quando alguém lhes diz isto? Eles negam. Felizmente, todos estes arquivos estão disponíveis nas bibliotecas nacionais dos respectivos países, onde existem copias do original. Ali estão as provas. Em Mateus 24, 36 Cristo afirma que ninguém sabe o dia e a hora do Fim.

3- Sobre a Transfusão de Sangue.

-Nas páginas 129 à 133 do Livro “O que realmente ensina a bíblia?”, a seita disse que não é permitido fazer transfusão de sangue e citam Genesis 1, 29; 9, 3; Lv 17, 13-14; At 15, 28, entre outros. O erro está em que os Testemunhas de Jeová confundem, da mesma forma que outras seitas protestantes, que a obra da salvação está dividida em duas Alianças: A Antiga Aliança, realizada com o povo de Deus que são os Judeus, e a Nova Aliança Eterna, que corresponde ao novo povo de Deus encarnado através da Igreja.

A seita toma citações de coisas estabelecidas sobre a Antiga Aliança, como o tema do sangue de animais e outros. Por que não se circundam se está na bíblia em Gn 17, 1-14? Está na Bíblia! Como eles diriam quando querem justificar suas doutrinas erradas.

Na página 132, do livro mostrado, se afirma que a “a Lei mosaica mostrou com claridade qual é o único uso apropriado do sangue” A lei mosaica não se aplica aos cristãos, mas sim a lei de Cristo (Jo 15, 12-14). Além de tudo, São Paulo afirma constantemente que as “obras da lei judaica” já não servem de nada (Gl 2, 16). As obras em Cristo são válidas para os Cristãos, mas não as obras da lei. Estas foram a “sombra do que havia de vir” (Cl 2, 16-17). Os Cristão não tem que obedecer a lei mosaica, mas sim a lei de Cristo.

O que pensaram os Testemunhas de Jeová sobre as transfusões de sangue em seu passado o qual a seita oculta?

Foi em 1952 que o ex-presidente das Testemunhas de Jeová, Natham H. Knorr, decretou que as transfusões de sangue não eram corretas. O Fundador da seita não acreditava nesta doutrina por que morreu décadas antes. O que está acontecendo com a seita? Eis a questão.

4- Quando as Testemunhas de Jeová celebravam o Natal.

- As Testemunhas de Jeová afirmam que não se deve celebrar a festa de Natal, cuja a origem seria pagã e diabólica. O que acontecia com a seita alguns anos atrás? Celebrava o Natal.

Charles T. Russel, el fundador de la secta, celebró la Navidad con los testigos. Aquí les presentamos una invitación de 1916 en la cual los Testigos de Jehová desean una feliz Navidad. (Fíjese que sale la firma del creador de la secta).

Charles T. Russel, o fundador da seita, celebrou o Natal com os Testemunhas de Jeová. Aqui apresentamos o convite de 1916 no qual as Testemunhas de Jeová desejam um feliz Natal. (Note que a assinatura vem do criador da seita).

Sentinela de 15 de fevereiro de 1919, Número 23, paginas 63 e 93. Nosso irmãos… lhes

desejamos um feliz Natal… lhe levaram presentes.

Foto das Testemunhas de Jeová celebrando o Natal em 1926.

Na Torre de Vigia, 1 de Dezembro de 1904, página 364, a seita declarou que o Natal era um grande evento para os cristão e que era necessário considerar esta festa como o aniversário de Jesus. Depois, como temos visto de forma constante neste escrito, mudaram sua doutrina dizendo na Watchtower, 15 de dezembro de 1983. Página, que o Natal é um “horror” e que está celebração provém do próprio Satanás. Por isso hoje a seita não celebra o Natal.

O criador da seita celebrou o Natal e quarenta anos depois o contradizem? Falsos irmãos profetas.

Neste trabalho apresentamos as principais contradições doutrinárias que as Testemunhas de Jeová possuem. Temas como o Natal ou que “Jesus não morreu na cruz” não faziam parte de suas abordagens por anos. Basta olhar para a evidência histórica para perceber que são um grupo vivem em contradições, cujas doutrinas são parte de uma dinâmica “causa-erro-negação”. A única coisa lamentável é que quando alguém levanta esses presentes argumentos, eles simplesmente negam seu passado sendo que as fontes históricas estão ali, deixando de lado o estudo, o debate e a honestidade intelectual.

Pergunto, Napoleão cruzou os Alpes ou não? E só vê os escritos do época para descobrir.

Fonte:

Morasso, Andrés. Apologética Católica: ¿Sabías que los Testigos de Jehová celebraban la Navidad? La secta antes de la década de 1970. Disponível em << http://apologeticacatolica.org/Protestantismo/Sectas/Sectas41.html, desde 21/05/2011>> Tradução: Rafael Rodrigues De Carvalho Severo

3 comentários:

Francisco Silva de Castro disse...

Não aparece as imagens indicadas. Seria bom coloca-las para reforçar o texto. aliás muito bom. Onde encontrou as fontes?

Moisés Gomes disse...

Eis a fonte: http://sadoutrina.wordpress.com/2011/06/27/as-doutrinas-mutantes-das-testemunhas-de-jeova/

pascoalnaib disse...

Para saber sobre a discriminação que as Testemunhas de Jeová fazem com ex adeptos e os fundamentalismos que levam pessoas a morrer e não receber transfusão de sangue acessem:

http://extestemunhasdejeova.net/forum/portal.php

http://extestemunhasdejeova.blogspot.com/