domingo, 20 de julho de 2008

“Discípulos e Missionários de Jesus Cristo na fraternidade e na partilha, gerando a nova sociedade”

Festa de Santo Afonso Maria de Ligório.
8ª. Noite de Novena – 31/07/2008
Tema: “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo na fraternidade e na partilha, gerando a nova sociedade”.

Amados irmãos que celebram durante estas nove noites a vida de santidade e serviço de Santo Afonso de Ligório, que a paz de Jesus e o amor de Maria estejam com todos nós!
É com alegria que pela segunda vez me faço presente nessa festa, e com alegria também falo de S. Afonso. Para os que não lembram, no ano passado falei para vocês sobre o tema ser discípulos e missionários de Jesus Cristo com S. Afonso.
Como ser discípulos e missionários, nós entendemos que devemos “beber” da Graça que a Santa Igreja nos oferece através dos Sacramentos e também ser fonte de graças (cf. Jo4, 14) para aqueles que ainda não conhecem a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde, segundo o Santo Padre, o Papa Bonifácio VIII, fora Dela não há Salvação.
E também lembro que falei sobre o vosso padroeiro, este Doutor da Igreja, fiel discípulo da Mãe de Deus, o que dá no mesmo de ser discípulo do Filho, pois como afirma S. Luiz de Monfort: “Jesus é tudo em Maria, e Maria é tudo em Jesus, antes se apartaria do sol a luz do que separar Maria de Jesus”, portanto, um curto caminho para sermos verdadeiros discípulos/missionários de Jesus Cristo é sermos totalmente de Sua Mãe, assim como Santo Afonso é.
E para entrarmos no tema propriamente dito, vamos falar da fraternidade, da partilha e da nova sociedade.
Þ Fraternidade: não devemos confundir a fraternidade cristã com a fraternidade do ideal maçônico imposto na Revolução Francesa, e que até hoje infelizmente tentam “enfiar” nas nossas cabeças nas escolas. Sobre esses ideais vejamos o que fala o papa Leão XIII citando a Ordem Terceira de S. Francisco como exemplo de Fraternidade em sua encíclica que condena a maçonaria, Humanum Genus: “essa Associação é uma verdadeira escola de Liberdade, de Fraternidade, de Igualdade, não segundo a maneira absurda como os mações entendem estas coisas, porém tais como com elas Jesus Cristo quis enriquecer o gênero humano, e como S. Francisco pôs em prática. Falamos, pois, aqui da liberdade dos filhos de Deus, em nome da qual recusamos obedecer a senhores iníquos que se chamam Satanás e as más paixões. Falamos da fraternidade que Nos prende a Deus como ao Criador e Pai de todos os homens. Falamos da igualdade que, estabelecida sobre os fundamentos da justiça e da caridade, não sonha com suprimir toda a distinção entre os homens, mas excele em fazer da variedade das condições e dos deveres da vida uma harmonia admirável e uma espécie de concerto maravilhoso com que naturalmente aproveitam os interesses e a dignidade da vida civil.”
Þ Partilha: esta fraternidade que nos prende a Deus é a que nos leva consequentemente a partilhar os sofrimentos e angústias do nosso próximo. Já paramos pra pensar como vai o meu irmão? Tenho partilhado meu tempo com ele? Como posso partilhar minha vida com Deus que não vejo sem antes partilhar com o meu irmão que vejo? Como discípulos e missionários de Jesus Cristo nós somos chamados a exercer a partilha na caridade, pois “Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana. A sociedade, porém, não pode aceitar os que sofrem e apoiá-los no seu sofrimento, se os próprios indivíduos não são capazes disso mesmo” (Spe Salvi, 38; Papa Bento XVI)
Þ Gerar uma nova sociedade: mais uma vez também não podemos confundir a geração de uma nova sociedade com a Nova Ordem desejada pelas Sociedades Ocultas. Por nós mesmos, nós não somos capazes de nada, pois “O homem é um apoio falaz” (Sl115, 2). Acreditar que o homem pode por si só gerar uma sociedade perfeita é utopia, é sonho antigo, que a própria história da humanidade provou e continua provando que isto não é possível. No entanto “Tudo posso naquele que me conforta.” (Fl4, 13), ou seja, com Deus é que conseguiremos alcançar a Pátria Celeste, só Deus é quem pode gerar uma nova sociedade, pois Ele mesmo diz “eu vou criar novos céus, e uma nova terra” (Is65, 17a), não um novo céu e uma nova terra material como andam pregando por aí os Testemunhas de Jeová, mas sim novo céu e nova terra espiritual onde contemplaremos a Deus Face a face.
Para finalizar convido a todos, para como Santo Afonso Maria de Ligório nós sermos fraternos sabendo que temos a Deus como Criador e Pai, tenhamos compaixão do nosso próximo e clamemos a Deus que venha a nós o Vosso Reino!
Louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo!
E que para sempre seja louvado, e Nossa Mãe, Maria Santíssima! Amém

Que Deus nos abençoe e Maria nos guarde!

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