sexta-feira, 30 de julho de 2010

O que significa “Igreja Católica”?

Se alguém lhe interrogar sobre sua religião, creio eu que você será pronto em responder: “-sou católico!”. O triste é que após essa pergunta vem logo outra: “-praticante?”. Mas o que quero analisar nesse breve artigo não é isso (quem sabe em outro), mas sim sobre a palavra católico. Também não é sobre o que é ser católico, mas restritamente, o significado desta palavra, e, para ser fiel ao título deste artigo, o siginificado de “Igreja Católica”.

Na Bíblia encontraremos a palavra “igreja” 85 vezes, e todas elas no Novo Testamento. A primeira vêz que esta palavra é citada na Bíblia é por nada mais, nada menos que Nosso Senhor Jesus Cristo, veja:
“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt. 16, 18)

Recorrendo ao Catecismo da Igreja Católica, e esta sitação você poderá encontrar também lendo o post sobre Ser Igreja, temos que:
“A palavra “Igreja” [“ekklésia”, do grego “ekkaléin” – “chamar fora”] significa “convocação”. Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religioso. (…) Ao denominar-se “Igreja” a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembléia. (CIC 751)“

Então fica bem claro, que a palavra Igreja significa chamado, convocação, no nosso caso, convocados/chamados por Jesus Cristo. Aí entramos na segunda palavra: Católica.

Chamados por Jesus para fazer o quê e a quem? Êis a resposta:

“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” (Mt. 28, 19)

“(…)e ensinai a todas as nações” ou seja a todo mundo, ao universo. Jesus confia a Sua Igreja sua missão, seu chamado, sua convocação de anunciar o Evangelho, repito, ao universo, e é aí que por este motivo sua Igreja recebe o nome de Igreja Católica. Ainda não ficou claro né. Lendo esta citação do Catecismo da Igreja Católica ficará melhor de entender:

“• A palavra “católica” significa “universal” no sentido de “segundo a totalidade” ou “segundo a integralidade”. (…) (Confira CIC 830)” e consequentemente “Por ser “convocação” de todos os homens para a salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todos os povos para fazer deles discípulos. (CIC 767)“

Repito mais uma vês: “A palavra “católica” significa “universal” .



Unindo então, caros leitores, o significado da palavra Igreja à palavra Católica temos que ela é “convocação” de todos os homens para a salvação“.

E é exatamente por isso que na Bula Unam Sanctam de 1302, o papa Bonifácio VIII diz: “Una, santa, católica e apostólica: esta é a Igreja que devemos crer e professar já que é isso o que a ensina a fé. Nesta Igreja cremos com firmeza e com simplicidade testemunhamos. Fora dela não há salvação, nem remissão dos pecados, como declara o esposo no Cântico: “Uma só é minha pomba sem defeito. Uma só a preferida pela mãe que a gerou” (Ct 6,9). Ela representa o único corpo místico, cuja cabeça é Cristo e Deus é a cabeça de Cristo. “

Tendo em vista o expoto, se alguém se deparar com você e lhe interrogar: “-Onde existe a palavra católica na Bíblia?” você estará pronto a responder “-Leia Mt. 28, 19, e lá você verá, não a palavra católica, mas o seu significado:Universal, a todas as nações“

Que Maria, Nossa Senhora, Nossa Mãe e Mãe da Igreja de Jesus Cristo, interceda por nós e pela salvação dos homens, Amém!

Qeu Deus nos abençoe e Maria nos guarde!

Moisés Gomes de Lima, catquista da Paróquia de S. João Batista, Cedro-CE.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Batismo é apenas para os crentes? Não pode ser ministrado às crianças?

Eis uma resposta complicada. Primeiramente, as Escrituras não endossam nem condenam explicitamente o Batismo das crianças. A Igreja histórica sempre acreditou no Batismo das crianças. Os Reformadores Lutero e Calvino também acreditaram ser apropriado batizar crianças. Os Anabatistas foram alguns dos primeiros após a Reforma a condenarem o Batismo das crianças (embora existissem algumas poucas seitas antes da Reforma que não o praticavam).

Os argumentos contra o Batismo das crianças são que as pessoas mencionadas como tendo sido batizadas por João Batista eram adultos arrependidos. No seu sermão de Pentecostes Pedro disse: “Arrependei-vos e batizai-vos”. Quem sustenta que o Batismo é apenas para os crentes, diz que não podendo as crianças se arrependerem, não lhes é apropriado o Batismo.

Aqueles que defendem o Batismo das crianças citam passagens dos Atos dos Apóstolos, onde famílias inteiras, como a de Cornélio e a de Lídia, eram batizadas, o que supostamente inclui as crianças. Um outro argumento a favor do batismo das crianças vem da comparação do Batismo com a circuncisão:

“Nele também fostes circuncidados com circuncisão não feita por mão de homem, mas com a circuncisão de Cristo, que consiste no despojamento do vosso ser carnal. Sepultados com ele no Batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Col 2,11-12).

Na Antiga Lei, no oitavo dia as crianças do sexo masculino eram recebidas e lhes era dado o sinal da circuncisão da Antiga Lei. Já que o Novo Testamento é uma Lei mais abrangente do que a Antiga, incluindo homens e mulheres, judeus e gentios, o Batismo das crianças é mais apropriado a dar às crianças o Signo da Nova Lei (o Batismo). Com efeito, Jesus disse:

“Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas” (Lc 18,16).

O “se parecem com elas” de que Jesus falou eram criancinhas que o povo trazia para ele abençoá-las. Assim, os Pedobatistas vêem nas palavras de Jesus um argumento a seu favor.

Registros históricos confirmam que a prática do Batismo das crianças era geralmente a norma. No segundo século, Irineu escreveu a primeira declaração sobre a prática na Igreja do Batismo das crianças:

“Ele (Jesus) veio para salvar a todos através dele mesmo, isto é, a todos que através dele são renascidos em Deus: bebês, crianças, jovens e adultos. Portanto, ele passa através de toda idade, torna-se um bebê para um bebê, santificando os bebês; uma criança para as crianças, santificando-as nessa idade…(e assim por diante); ele pode ser o mestre perfeito em todas as coisas, perfeito não somente manifestando a verdade, perfeito também com respeito a cada idade” (Contra Heresias II,22,4 (ano 189)).

Irineu declarou que as crianças cristãs renascem. Como podem renascer se não têm a capacidade (pelo que sabemos) para exercer a fé? Previamente já vimos que isso acontecia pelo Batismo. Irineu mesmo nasceu numa família cristã, por volta do ano 140, em Esmirna, uma das Igrejas mencionadas no Apocalipse (Ap 2,8). Os historiadores pensam que Irineu foi provavelmente batizado por Policarpo, que foi o bispo de Esmirna. Policarpo foi mártir e discípulo pessoal de João, o Apóstolo. Parece-nos improvável que ele tivesse batizado crianças se fosse impróprio e se tivesse ouvido de João instrução diferente. No ano 215, Hipólito escreveu:

“Onde não há escassez de água, a água corrente deve passar pela fonte batismal ou ser derramada por cima; mas se a água é escassa, seja em situação constante, seja em determinadas ocasiões, então se use qualquer água disponível. Dispa-se-lhes de suas roupas, batize-se primeiro as crianças, e se elas podem falar, deixe-as falar. Se não, que seus pais ou outros parentes falem por elas” (Tradição Apostólica 21,16).

Diz-se que Hipólito instruiu às crianças que tivessem capacidade falarem por elas mesmas. Isso parece muito com as crianças levadas a Jesus, em Lucas 16,15. Finalmente, Orígenes fez uma firme declaração com respeito a origem apostólica do batismo das crianças:

“A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito” (Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5,9 (ano 248)).

Finalmente, eis uma interessante citação do eminente Teólogo Protestante Dr. R.C. Sproul, em “Verdades Essenciais da Fé Cristã”, com relação ao batismo das crianças:

“A primeira menção direta ao Batismo das crianças se vê por volta do meio do segundo século. O que é digno de nota sobre esta menção é que concorda que o Batismo das crianças era uma prática universal da Igreja. Se o Batismo das crianças não estivesse em prática no primeiro século da Igreja, como e por que começou como doutrina ortodoxa tão cedo e tão generalizadamente? Não somente foi uma rápida e universal disseminação, mas a literatura sobrevivente daquele tempo não demonstra nenhuma controvérsia a respeito desse costume”.

Concordando pelo batismo das crianças, Dr. Sproul usa como argumento final a palavra tradição com “T” maiúsculo. Em seu sumário, nas palavras finais se lê:

“A história da Igreja sustenta o testemunho da prática universal e não controvertida do Batismo das crianças no segundo século”.

Por que você negaria as bênçãos do Batismo para as suas crianças quando a Bíblia não o proíbe, e é prática universalmente aceita pela Igreja histórica e até mesmo pelos Reformadores Lutero e Calvino?

Fonte: Site “Glory to Jesus Christ!”. Tradução: José Fernandes Vidal.

Aborto não é questão de religião

Perita no México: Defender a vida contra o aborto não é questão de religião

MEXICO D.F., 26 Jul. 10 (ACI) .- Uma perita em temas de família recordou aos cidadãos do México que a defesa da vida não é uma questão religiosa e indicou que esta se apóia na certeza científica de que um concebido é um novo ser humano.

No artigo “O drama do aborto”, publicado no Jornal de Yucatán, Lourdes Casares de Félix da Associação em Defesa da Família, explicou que o direito à vida não se converteu em um direito religioso. “Acaso defender a vida de um ser humano inocente é questão de religião? Aceitar que o embrião antes das 12 semanas e desde sua concepção é uma pessoa cuja vida deve ser respeitada e afirmar que o aborto é um crime não é questão de religião, é um argumento que se apóia na ciência como poderia demonstrar o doutor em Medicina e Ciências e professor de Genética Fundamental, Jerome Lejeune”, indicou.

“Cientificamente foi provado que há vida (no embrião) e que é humana. Aqui a pergunta moral ou ética seria: devemos permitir dar morte a essa vida? A resposta pode ser dada por qualquer ateu humanista. Ante a falta de argumentação científica para promover o aborto sempre há o recurso de culpar a religião”, acrescentou.

Casares recordou que “o drama do aborto não só radica em despojar o não nascido de direitos, nem em empenhar-se em não reconhecê-lo como a pessoa que é, nem em aceitar ou negar sua capacidade de sentir dor ou prazer, nem em minimizar sua capacidade potencial de raciocinar e decidir, o drama é a triste desumanização do ser humano empenhado em destruir a vida de seres indefesos negando-lhes a oportunidade de viver”.